Aécio Neves e Michel Temer se reúnem com relator do PL da Anistia; entenda
A reunião definiu que o texto deve focar na redução das penas dos condenados, e não mais a anistia

Aécio Neves e Michel Temer reuniram-se com Paulinho da Força, relator do PL da Anistia |Foto: Divulgação
O ex-presidente Michel Temer (MDB) e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) se reuniram na noite desta quinta-feira (19) com o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do PL da Anistia. A reunião definiu que o texto deve focar na redução das penas dos condenados pela trama golpista, e não mais a anistia.
A intenção é diminuir as penas dos crimes no Código Penal e repassar a medida para quem já foi condenado, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O encontro surgiu a partir de Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara dos Deputados, que viu a entrevista de Temer no programa Roda Viva, da TV Cultura, em que ele defendia a redução da pena. Motta entrou em contato com o ex-presidente e pediu para Temer receber o relator.
Segundo Temer, a ideia é que a proposta “pacifique” o país, tese também propagada por Paulinho. Segundo relatos, os ministros do Supremo Tribunal Federal concordaram com o plano.
"Já conversamos um pouco aqui, de comum acordo com o Supremo Tribunal Federal, com o Executivo, numa espécie de pacto republicano, digamos assim, especialmente com essa denominação de PL da Dosimetria, portanto, de uma nova dosagem das penas, acho que pode produzir um resultado muito positivo", contou o ex-presidente.
Enquanto isso, Aécio Neves destacou que o Brasil está "paralisado" nas disputas entre a esquerda e a direita, e que o PL da Dosimetria faria Justiça pelos condenados da trama golpista:
Essa nova nomenclatura de PL da Dosimetria é absolutamente adequada para que nós possamos fazer justiça, remitir essas pessoas que de alguma forma lateralmente participaram daquele processo possam tocar as suas vidas e o Brasil tocar a sua agenda, porque nós estamos paralisados nesse confronto que só interessa aos dois extremos.
Atualmente, há 141 pessoas presas pelos atos golpistas. Na última semana, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e mais 7 pela trama golpista. O ex-presidente teve a pena fixada em 27 anos e três meses, em regime inicial fechado.