Hugo Motta revela não ter definição sobre discussão da Anistia na câmara: 'Estamos muito tranquilos'
Motta afirmou que está ouvindo a "todos" os interessados no tema
Foto: Lula Marques / Agência Brasil
Na tarde desta quinta-feira (4), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), revelou não saber se colocará em pauta o Projeto de Lei (PL) da Anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Com o tema ainda em discussão e pressionado pelas lideranças partidárias da Casa, Motta disse que está muito tranquilo para discutir a possibilidade e que tem ouvido a "todos" os interessados no assunto.
“Estamos muito tranquilos com relação à discussão dessa pauta [anistia]. Não há ainda nenhuma definição [sobre colocar em votação a proposta]. Nós estamos sempre ouvindo o colégio de líderes nessas pautas”, declarou o presidente da Câmara.
Com o início do julgamento, realizado no Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, a anistia aos condenados por ataques no Palácio do Planalto e na Praça dos Três Poderes, no dia 08 de janeiro de 2023, voltou a ser tópico constante na casa.
Governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a apoiar a oposição nos últimos dias, para articular o avanço da proposta. Ao lado do governador, a oposição quer incluir Jair Bolsonaro (PL) entre os perdoados dentro da anistia. O presidente da Câmara, inclusive, citou Tarcísio e disse saber do interesse do amigo na pauta.
“O governador é um querido amigo, é do nosso partido e temos dialogado sempre. O governador tem interesse que se paute a anistia, é público”, declarou.
Apesar da tentativa no avanço da pauta, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT), afirmou que o governo entrará em contato com líderes partidários para evitar o avanço da medida. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ajuda de apoiadores contra a proposta de anistia.
“Outra coisa que nós temos que saber: se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia. Esse Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, aprovou quase tudo que o governo queria, mas a extrema direita tem muita força ainda. Então é uma batalha que tem que ser feita pelo povo”, disse Lula.
