STF condena réus do núcleo 4 e determina penas que variam de 7 a 17 anos de prisão
Votação foi finalizada nesta terça-feira (21) e condenou todos os sete réus

Foto: Antonio Augusto / STF
Condenados no início da noite desta terça-feira (21), o núcleo 4 da trama golpista, apelidado de núcleo das fake News, teve cada de seus sete réus com as penas definidas. Julgamento foi feito pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o núcleo por promoverem a disseminação de notícias falsas para fortalecer um possível golpe de Estado em 2022.
Finalizado após o voto definitivo de Cármen Lúcia, o placar do julgamento acabou por 4x1. Além da ministra, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino, o presidente do colegiado, votaram a favor da condenação. Luiz Fux foi a única exceção e votou para absolver todos os sete réus.
De prontidão, antes de iniciar o processo, Alexandre de Moraes destacou que todos os órgãos da Justiça Eleitoral estarão ainda mais atentos aos discursos de ódios e disseminação de informações falsas nas eleições de 2026.
“Para todos os que insistem na desinformação e no discurso de ódio, todos devem saber que a Justiça Eleitoral e o Ministério Público estarão atentos no ano que vem já com essa jurisprudência do STF. Liberdade de expressão não é liberdade de agressão. Serão responsabilizados penalmente”, afirmou Moraes.
Os sete réus sofreram penas variadas, entre 7 a 17 anos de prisão, em regime fechado ou semiaberto. Cada um dos acusados tiveram suas penas propostas pelo relator (Moraes) e seguidas por Zanin, Cármen Lúcia e Dino. Como dito anteriormente, Luiz Fux foi contra a condenação e não votou.
Veja as penas de cada um:
Ângelo Denicoli (major da reserva do Exército) - cumprirá 17 anos de prisão em regime fechado;
Reginaldo Abreu (coronel do Exército) - condenado a 15 anos e seis meses de prisão em regime fechado;
Marcelo Bormevet (policial federal) - 14 anos e seis meses de prisão em regime fechado;
Giancarlo Rodrigues (subtenente do Exército) - 14 anos de prisão em regime fechado;
Ailton Barros (major da reserva do Exército) - 13 anos de prisão em regime fechado;
Guilherme Almeida (tenente-coronel do Exército) - 13 anos e seis meses de prisão em regime fechado;
Carlos Cesar Rocha (presidente do Instituto Voto Legal) - Diferente dos demais, Carlos cumprirá "apenas" 7 anos e seis meses em regime semiaberto.