Michelle Bolsonaro 'alerta' para 'risco comunista': "Vão perseguir os cristãos"
Pregação contra suposta ameaça do comunismo aconteceu durante culto em Taguatinga, na última segunda-feira (22)
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Próxima ao movimento evangélico, a primeira-dama Michelle Bolsonaro subiu o tom durante discurso em um culto em uma igreja de Taguatinga, no Distrito Federal, na última segunda-feira (22). Na ocasião, Michelle alertou para uma suposta ameaça de perseguição comunista aos cristãos.
Durante a pregação, a esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que a chegada do seu marido ao Planalto seja um projeto de poder, endurecendo o discurso e afirmando que a nação não será entregue aos inimigos. Michelle não citou nomes na sua fala.
"Esse Brasil é do senhor [...] Essa nação pertence ao rei dos reis. Nós não nos calaremos, não entregaremos nossa nação nas mãos dos inimigos [...] Nós estamos aqui não porque queremos, não por um projeto de poder [...] O inimigo não tem força, não tem poder sobre essa nação, que é ungida. Nenhuma arma que é forjada contra o nosso Brasil prevalecerá", começou Michelle Bolsonaro.
A primeira-dama ainda fez uma série de acusações contra supostos regimes comunistas que estariam perseguindo os cristãos e queimando templos católicos, sem mencionar nenhum exemplo. Ela ainda pediu união das igrejas contra qualquer ameaça de perseguição.
"O meu marido tem um coração voltado para o senhor, é um homem levantado para este momento da nação. Ele pode até não está congregando em uma igreja, mas é muito mais crente que estão dentro dela. Orem para aqueles que estão sendo enganados. Os olhos espirituais, os ouvidos espirituais. Nós estamos vendo o que o comunismo está fazendo com os países, perseguindo igrejas, queimando as igrejas católicas. Vão perseguir os cristãos do Brasil. Acordem, acorda igreja brasileira. O senhor quer união, nós vamos viver o avivamento da nossa nação. Vai haver um avivamento, mas só vai acontecer se tiver unidade, se tiver oração e arrependimento do tempo que nós deixamos aqueles se infiltrarem. Nós, em nome de Jesus Cristo, em um ato profético, libertamos a nossa nação das raízes da amargura e de todo mal que foi instituído nela", finalizou.
Michelle e aliados evangélicos estão utilizando a narrativa de perseguição dos adversários políticos, no caso de uma derrota do presidente Bolsonaro. Nas últimas semanas, a primeira-dama chegou a ser acusada de intolerância religiosa ao compartilhar um vídeo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe banho de pipoca durante uma visita para a Bahia.
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