Mesmo com o governo em crise, Emmanuel Macron diz que não renunciará
Presidente criticou oponentes e prometeu novas reformas nos ministérios
Foto: CANVA
O presidente da França, Emmanuel Macron, rejeitou na manhã desta segunda-feira (13) os pedidos de renúncia feitos pela oposição do seu governo. Segundo informações do portal InfoMoney, o governo de Macron vem sendo cercado de voto de desconfiança, o que pode derrubá-lo até o final de semana.
A França enfrenta a pior crise política em décadas, já que alguns grupos minoritários buscam impor orçamentos de redução de déficit a uma legislatura já dividia em três blocos ideológicos distintos.
Dentro disso, Macron já teve cinco primeiros-ministros em menos de dois anos, e muitos de seus rivais políticos apontaram que a única saída da grande crise seria o presidente convocar novas eleições legislativas ou renúncias, o que ele acabou recusando.
Pouco tempo depois de chegar ao Egito, para a reunião de líderes mundiais para acabar com a guerra em Gaza, Macron foi desafiador e culpou seus rivais por desestabilizar a França, apontando que não tem planos de sair da presidência até que seu segundo (e último) mandato terminasse em 2027.
“Eu garanto a continuidade e a estabilidade, e continuarei a fazê-lo”, disse ele, pedindo às pessoas que não se esqueçam de que o mandato dado ao presidente significa “servir, servir e servir”.
No final de semana, na sexta-feira (10), Macron nomeou novamente Sébastien Lecornu a primeiro-ministro, pouco tempo depois de o mesmo ter renunciado ao cargo. O gabinete de Macron anunciou o novo gabinete de Lecornu no final do domingo (12), com muitos dos principais cargos permanecendo inalterados, apesar da promessa do primeiro-ministro de nomear ministros que incorporem “renovação e diversidade”.
Tanto o partido de esquerda França Insubmissa (LFI, em francês) quanto o partido de direita Reunião Nacional (RN) apresentaram moções de desconfiança ao governo.
O problema é que o primeiro-ministro - assim como Macron - enfrentará um voto de desconfiança na quinta-feira (16). Não está claro se ele tem os votos necessários para sobreviver, já que os socialistas — cujo apoio ele quase certamente precisará para continuar lutando — estão mantendo suas opções em aberto.