Em último dia de paralisação, agentes de saúde doam sangue na sede do Hemoba
Categoria chega ao terceiro dia de atividades suspensas e cobram pagamentos de julho de 2020 acertados com a Prefeitura de Salvador
Foto: Reprodução
Na manhã desta quinta-feira (25), os agentes de endemia (dengue, raiva e leptospirose) e os agentes comunitários de Salvador estiveram em frente à sede da Hemoba, em Brotas, para doar sangue e protestar contra o ‘congelamento’ nas negociações para o pagamento de avanço de nível da categoria, que segundo eles, deveria ter ocorrido em julho de 2020.
Os agentes carregaram cartazes cobrando a prefeitura. Em um deles estava escrito “Enquanto o Hemoba recebe o doador, a prefeitura suga o servidor”.
Em contato com o Varela Net, Enadio Pinto, presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde do Município, e representantes da Unicidade, informaram que cerca de 150 pessoas estiveram no local e 100 doaram sangue. Ele informou o motivo de escolher a data.
“Escolhemos o dia 25 por ser o Dia Nacional do Doador de Sangue. Então juntamos as duas questões de poder estar ajudando a quem precisa”, disse Enadio.
Ele explicou também quais serão os próximos passos. “Voltaremos as atividades amanhã (26). E pelo menos até o dia 14 de dezembro não faremos outras manifestações e nem paralização”.
Vale lembrar que os agentes de saúde paralisaram na última terça-feira, quando fizeram um protesto na porta da Secretária Municipal de Gestão de Salvador. Na quarta-feira (24), eles foram recebidos no Ministério Público da Bahia pela promotora Rita Tourinho, que convocará uma reunião entre o sindicato e as secretárias de Saúde e Gestão de Salvador.
Em nota, a Prefeitura de Salvador já havia se pronunciado sobre o caso no início dessa semana. Confira:
A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Gestão, esclarece que as negociações com os agentes de endemias, bem como com as demais categorias, seguem em curso, de modo direto e aberto, estando a Prefeitura impossibilitada de assumir novos compromissos financeiros, seja por força da pública e notória situação das finanças municipais decorrente da pandemia de Covid-19, seja por força das previsões da Lei Complementar 173/2020, do governo federal, vigente até dezembro de 2021.