Máfia do mel: criminosos adulteram produto natural e colocam saúde da população em risco
Produto falsificado é vendido em feiras e supermercados sem registro oficial; adulteração pode causar intoxicações
Foto: Ilustrativa Freepik
Após o aumento no número de casos de intoxicação por metanol no Brasil, criminosos passaram a adulterar o mel, substituindo o produto natural por misturas de melado de açúcar com substâncias químicas. O esquema, conhecido como “máfia do mel”, tem abastecido supermercados e feiras com produtos falsificados, vendidos como se fossem 100% naturais.
De acordo com as investigações, os frascos comercializados irregularmente apresentam rótulos que simulam autenticidade, mas não possuem número de registro dos órgãos competentes nem a identificação do produtor.
Além de colocar em risco a saúde do consumidor, a prática prejudica apicultores que produzem e comercializam mel verdadeiro, comprometendo a cadeia produtiva do setor.
Para evitar cair no golpe, especialistas orientam que o consumidor observe a rotulagem e, em caso de dúvida, faça um teste simples em casa: basta misturar uma pequena quantidade de mel com uma colher de água e algumas gotas de tintura de iodo. Se a solução escurecer, o produto é adulterado.
A falsificação de alimentos e bebidas é crime no Brasil. O Código Penal estabelece pena de quatro a oito anos de prisão, além de multa, para quem falsifica, adultera, distribui ou comercializa produtos destinados ao consumo humano que coloquem em risco a saúde da população.