NotíciasSaúdeConfira a situação do Gripário dos Barris durante surto de gripe em Salvador

Confira a situação do Gripário dos Barris durante surto de gripe em Salvador

Longas filas, demora no atendimento, medo da doença e descaso público são as principais reclamações da população doente

| Autor: Dara Medeiros

Foto: Domingos Júnior/VarelaNet

Nas últimas semanas, a cidade de Salvador tem registrado um aumento nos casos de gripe. Os números são tão significativos que Léo Prates, o secretário de saúde municipal, confirmou o cenário de surto da doença nesta terça-feira (14). Diante desta situação, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão lotadas.

A situação no Gripário dos Barris, localizado no centro da capital baiana, não é diferente. No geral, as reclamações são sobre a demora no atendimento, o descaso dos órgãos públicos e do medo da doença. 

Confira alguns relatos das pessoas que estavam no local e conversaram com a equipe do Varela Net:

"Filas enormes, que parecem não andar", disse um jovem de 19 anos que chegou ao local pela manhã e não foi atendido até as 16h.

Um homem que não quis se identificar contou que recebeu atendimento na UPA, fez o teste para saber se está infectado com Covid-19 e, ao questionar a uma profissional do Gripário dos Barris sobre quando sairia o diagnóstico, ouviu que 'não era responsabilidade dela'. Ele ficou preocupado em como pegaria o  rsultado do teste e com receio de estar com a doença. 

Outras pessoas expressaram seu descontentamento dizendo que a situação em que estavam era humilhante e uma mulher chegou ao ponto de surtar e quebrar equipamentos do Gripário, sendo detida em sequência.


 

Alergia aos medicamentos

Patrícia dos Santos Silva, 36 anos, se sente mal há uma semana, sendo a dor de cabeça o incômodo que predomina. Ela tem alergia aos principais medicamentos utilizados para combater os sintomas gripais, tais como: dipirona, dorflex, parecetamol e ibuprofeno. 

Segunda-feira (13), ela foi a uma emergência e tomou um medicamento na veia, mas não recebeu atestado e nem receita médica. 

No caso dela, os médicos indicam que ela faça um teste que aponte quais os medicamentos ela pode tomar. Contudo, o teste geral custa R$ 3.800. "Só que eu não tenho condições de pagar", explicou.

"Eu tenho que pagar com o sofrimento. Tô aqui desde 10 horas da manhã sem comer nada, não resolve nada. Será que eles não poderiam pegar os piores que estão assim e dar prioridade?", questionou Patrícia.

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