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Mulheres puxam bloco de possíveis candidatos a prefeito de Salvador em 2024

Maria Marighella, Fabya Reis e Vilma Reis estão entre os nomes femininos cotados até agora para disputa para Prefeutua de Salvador

| Autor: Redação

Foto: Câmara de Salvador/Mateus Pereira/GOVBA e Reprodução/Facebook

A mais de um ano para o pleito de 2024, novos nomes que poderão disputar a prefeitura de Salvador começam a surgir no tabuleiro eleitoral da capital baiana. Além do próprio Bruno Reis (União Brasil), que deseja disputar a reeleição, políticos como a vereadora licenciada Maria Marighella (PT), a secretária estadual Fabya Reis (PT), a socióloga Vilma Reis (PT) e Eleusa Coronel (PSD) passaram a ser cotados como potenciais futuras candidatas ao Thomé de Souza. Ao todo, seis mulheres poderão figurar na corrida municipal.

Veja abaixo principais nomes cogitados até agora.

Bruno Reis e o fator 'ACM Neto'

A derrota de ACM Neto (União Brasil) na corrida para o governo da Bahia abriu margem para que o seu nome ganhasse força para tentar um retorno ao Palácio Thomé de Souza quatro anos após a sua saída. Para isso, o atual prefeito, Bruno Reis, teria que abrir mão de disputar a reeleição em 2024.
 
A hipótese de tentar retornar ao comando do Palácio Thomé de Souza é, por ora, rechaçada pelo ex-prefeito. Ele tem reiterado que seu ex-vice será o candidato do grupo político. Na mesma linha do líder político, outros aliados cravaram que Bruno será candidato a mais um mandato.


Geraldo Júnior

O hoje vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), já admitiu que pode tentar a prefeitura na próxima eleição. Ex-presidente da Câmara de Vereadores de Salvador e recém chegado ao grupo capitaneado pelo ex-governador Rui Costa (PT), Geraldinho nunca escondeu seu desejo de chegar ao posto mais alto da capital baiana. Mas ele diz, porém, que só colocará o seu nome no páreo se houver consenso na base governista. 

Para concorrer a prefeito, Geraldo Júnior não precisará renunciar ao cargo de vice de Jerônimo, mas terá que se licenciar durante o período de campanha. Caso dispute a eleição e vença, o vice-governador deixará um vácuo na linha sucessória do neoaliado petista Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia. 

"A decisão desse grupo político será tomada pelo governador atual do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Se Jerônimo Rodrigues disser que eu serei candidato do grupo político, eu assumirei essa missão e irei executar essa missão. Estou à disposição do meu partido para o que me for designado", afirmou o Geraldo em entrevista recente ao MetroPod, podcast da rádio Metrópole.

Lídice da Mata

Reeleita para um terceiro mandato na Câmara dos Deputados, Lídice da Mata (PSB) também cogita entrar no páreo pelo comando do Executivo municipal. Prefeita de Salvador entre 1993 e 1996, foi na disputa com Bruno Reis  a candidata da oposição ao governo com o maior número de votos na capital: 51.105.

"Tudo é possível depois que a gente ganhar a eleição com Lula e Jerônimo. A gente pensa em tudo e é claro que o PSB estando fora da federação vai ter necessidades de apresentar muitas candidaturas a prefeito, será a única vantagem que nós teremos. Certamente vamos analisar todas as hipóteses", disse ela em uma entrevista ao site Bahia Notícias no fim do ano passado.

Olívia Santana

A deputada estadual reeleita Olívia Santana (PCdoB), reeleita com mais de 92 mil votos, é outro nome do núcleo governista de Jerônimo Rodrigues (PT) cotada para concorrer mais uma vez a prefeitura da capital —ela disputou o pleito em 2020. Apesar de a própria Olívia condicionar uma eventual postulação a uma decisão de sua base, lideranças como o ex-governador Rui Costa já afagou publicamente a aliada. Para o hoje ministro da Casa Civil de Lula, que se coloca fora da disputa, o grupo do qual faz parte deve apostar em “renovação”, com novos nomes, a exemplo de deputados da base que saíram das urnas com votação expressiva —Olívia no bojo.

Maria Marighella

Recém-nomeada à presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), a vereadora licenciada Maria Marighella (PT) vem sendo citada entre os possíveis candidatos à prefeitura soteropolitana. Questionada sobre o assunto, a neta de Carlos Marighella (1911-1969), embora não descarte tal possibilidade, repete que ainda é cedo para tratar do tema.

João Henrique

Nos bastidores, o ex-prefeito João Henrique é outro político que tem se articulado para uma eventual postulação em 2024. Em entrevista recente ao site BNews, ele afirmou que está analisando as propostas de três partidos e que ainda vai decidir se disputará o pleito municipal na capital baiana ou em Feira de Santana. “Recebi propostas de três partidos. Ainda não sei se serei candidato em Salvador ou Feira de Santana”, disse ele, atualmente desfiliado a legendas.

Aos 63 anos, João Henrique Carneiro foi prefeito da capital baiana entre 2005 e 2013. Durante a gestão, foi filiado a três partidos: PDT, PMDB e PP. 

Vilma Reis

Vilma Reis, candidata a deputada federal derrotada pelo PT, também é um quadro que tem ganhado cada vez mais atenção para eventualmente despontar como candidata ao Thomé de Souza. 

Em 2020, a socióloga foi pré-candidata à prefeitura. Forjada no movimento estudantil, ocupou por dois mandatos o cargo de ouvidora-geral da Defensoria Pública da Bahia.


Fabya Reis

Com trajetória política no Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Fabya Reis é mais um nome da base do PT que tem sido aventado como possível postulante. Atualmente, é secretária de Promoção da Igualdade Racial ela já ocupou a chefia de Gabinete da Sepromi. 

Passou ainda pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Guilherme Bellintani

Cortejado pelo então governador Rui Costa (PT) nas eleições de 2020, o presidente do Esporte Clube Bahia até o fim de 2023, Guilherme Bellintani, não descartou, em entrevista recente, a possibilidade de disputar a sucessão municipal daqui a dois anos. O dirigente, entretanto, disse que seu foco era terminar a gestão no Tricolor.

Em 2019, Bellintani teve o seu nome ventilado pela primeira vez para a prefeitura. Antes disso, ele já havia sido secretário de Cultura e Turismo; Educação e Desenvolvimento Urbano em Salvador. 

No fim do ano, o presidente tricolor tirou oficialmente seu nome da disputa e encerrou as especulações. "Não seria uma saída pela porta da frente, seria pela porta lateral. Não quero isso. Quero entrar na Fonte Nova e que digam a meus filhos que eu entrei na Bahia e fiz o que me comprometi a fazer. É isso e continuarei realizando meu sonho que é ser presidente do Bahia", disse na época. 
Em 2021, Bellintani voltou à cena como possível vice da chapa encabeçada por ACM Neto (União Brasil) na eleição para o governo da Bahia, em outubro deste ano. A queda do Bahia no Brasileirão do último ano esfriou a chance de ocupar o espaço na majoritária do ex-prefeito de Salvador, que optou pela empresária Ana Coelho (Republicanos). 

Eleusa Coronel

A esposa do senador Ângelo Coronel (PSD) foi canidata a vice-prefeita na chapa do Pastor Sargento Isidório (Avante) em 2020. No ano que vem, poderá lançar seu nome para encabeçar a disputa.

Antônio Brito

Outro quadro pessedista, deputado federal Antônio Brito é tido como uma das possibilidades da sigla para concorrer a prefeitura.

João Roma

Ex-ministro da Cidadania e candidato ao governo da Bahia no último pleito, o bolsonarista João Roma pode representar o PL para a disputa do Palácio Thomé de Sousa. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro estuda a possibilidade de ter um candidato próprio, assim como na eleição para a sucessão estadual, para alavancar as candidaturas a vereador, e Roma seria, de acordo a uma pessoa próxima a sigla, o nome cogitado para a missão. 

Em meio aos boatos, também surgiu a especulação de um possível acordo entre Roma e o prefeito Bruno Reis para 'travar' a candidatura do ex-ministro da Cidadania, que envolvia a entrega de uma secretaria municipal ao PL. A aliança foi descartada publicamente por Roma. 


 

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