Morte de petista: celular pode mudar rumo do caso, diz delegada
Declaração da delegada Camila Cecconello (detalhe) foi feita após a Polícia Civil concluir que o caso não poderia ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política

Foto: Reprodução
A delegada responsável pelo caso da morte do guarda municipal e tesoureiro petista assassinado em Foz do Iguaçu (PR), Camila Cecconello, revelou que as investigações podem mudar de rumo com perícia no celular do suspeito.
Em entrevista à repórter Isabela Camargo, da GloboNews, na noite de sexta-feira (15), a delegada Cecconello afirma que uma das primeiras ações da polícia foi ir atrás do celular de Guaranho. Segundo ela, a extração do conteúdo de telefone pode mostrar algum comentário do suspeito sobre o caso.
“Então, a análise do celular é muito importante, sim, e pode trazer algum elemento novo na investigação”, disse a delegada. “Mas como temos um prazo a cumprir, sob pena de que o não cumprimento do prazo pode acarretar a soltura do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e, claro, aguardar”, continuou.
Na sexta-feira (15), durante a coletiva que divulgou o indiciamento do agressor, Jorge José da Rocha Guaranho, 38 anos, por homicídio duplamente qualificado, a Polícia Civil do Paraná concluiu que o caso não poderia ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.
Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum) ao atirar contra Marcelo Arruda.
A família de Arruda repudou a conclusão de inquérito da Polícia Civil, no entanto, Cecconello voltou afirmar que “não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”. A briga teria começado por questões políticas, mas, para a polícia, a escalada da violência virou um assunto pessoal. O assassino teria decidido voltar à festa por ter se sentido humilhado pela vítima.
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