Ministra manda PGR opinar sobre pedido de investigação de Bolsonaro
Cármen Lúcia citou 'gravidade' das suspeitas sobre escândalo do MEC

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou que as suspeitas de irregularidades ocorridas no Ministério da Educação e de interferência do presidente Jair Bolsonaro na apuração são graves e pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido de investigação feito pelo deputado Israel Batista (PSB-DF). O parlamentar quer apurar o possível envolvimento do presidente no caso.
Após mencionar trechos do pedido feito pelo parlamentar de oposição, ela decidiu: "Considerando os termos do relato apresentado e a gravidade do quadro narrado, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República."
Um inquérito aberto pela Polícia Federal investiga a atuação de pastores lobistas na pasta durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro, que chegou a ser preso preventivamente na semana passada, mas depois foi solto. Bolsonaro não é alvo de investigação, apesar de ser citado em um áudio, em que Ribeiro diz atendia a pedidos do chefe do Executivo para favorecer os pastores.