NotíciasEsporteApós acesso, Eduardo Barroca se despede do Bahia: "Dever cumprido"

Após acesso, Eduardo Barroca se despede do Bahia: "Dever cumprido"

Com contrato até o fim da Série B, treinador disse não ter sido procurado pelo clube sobre renovação

| Autor: Jefferson Domingos

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Contratado no início de outubro para comandar o Bahia nos últimos seis jogos da Série B, o técnico Eduardo Barroca cumpriu a missão, ao conduzir o Tricolor para a Primeira Divisão do futebol nacional.  A vaga na elite foi confirmada após o triunfo por 2 a 1 sobre o CRB, no Rei Pelé, em Maceió (AL). Com o encerramento da Série B, acaba também a passagem do comandante pelo clube.

O contrato de Barroca com o Tricolor era até o fim do Brasileirão e, segundo o próprio técnico, o clube não o procurou para conversar sobre renovação. "Assumi compromisso até o jogo de hoje [domingo]. Saio realmente com dever cumprido. O clube ainda não se permitiu conversar sobre o futuro", disse Barroca.

"Mas estou muito feliz pela oportunidade de ter dirigido o Bahia novamente e de ter ajudado a entregar, junto com os jogadores - os reais protagonistas, merecedores de tudo isso que aconteceu -, o Bahia de volta à Série A. É onde o Bahia deve estar sempre. [...] É um sentimento de gratidão poder ter essa oportunidade que tive agora. Realmente é muito especial estar de volta. Espero, hoje, poder degustar um pouco esse sentimento de ter sido treinador do Bahia em um momento tão especial do clube", completou.

 

Campanha invicta

Barroca assumiu o Bahia após a demissão de Enderson Moreira. Na época, o Esquadrão estava na terceira posição, com cinco pontos de vantagem para o 5º colocado. Em seis jogos, Barroca acumulou duas vitórias, quatro empates e nenhuma derrota, com 55% de aproveitamento. O Esquadrão se manteve em 3º ao término da Série B, com 62 pontos.

Antes de Enderson, Guto Ferreira também comandou o time no início da Série B. Barroca fez questão de dividir os méritos do acesso com os antecessores.

"Eu tinha uma missão grande de não desconstruir o que vinha sendo construído. Tenho respeito muito grande pelos colegas que iniciaram e desenvolveram esse trabalho. Meu trabalho foi, basicamente, dar serenidade para que eles pudessem jogar esses jogos finais dentro do maior potencial que eles pudessem", afirmou.

O próximo técnico do Tricolor ainda é um mistério. O clube tem negociação avançada para constituir uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) a ser vendida para o Grupo City, que controlaria 90% das ações e tomaria as decisões no departamento de futebol. O fundo árabe se compromete a investir cerca de R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos. 

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