Voto de Fux pela absolvição de réus reacende esperança de Bolsonaro em adiar prisão
Voto reforça postura do ministro, que também defendeu a absolvição de Jair Bolsonaro no julgamento de setembro
Foto: Evaristo Sa / AFP
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, voltou a chamar atenção nesta terça-feira (22) ao votar pela absolvição de sete réus acusados de divulgar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e atacar chefes das Forças Armadas.
O posicionamento mantém a linha adotada por Fux em 10 de setembro, quando, durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro também votou pela absolvição de seis investigados, incluindo o próprio ex-chefe do Executivo.
Na ocasião, Fux condenou apenas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa derrotada por Lula e Alckmin em 2022.
De acordo com informações de bastidores, o voto do ministro reacendeu a esperança no entorno de Bolsonaro por dois motivos. O primeiro é que, agora na Segunda Turma do STF, Fux passa a ter maior influência nos julgamentos e pode contar com mais apoio entre os colegas. O segundo é que a troca de cadeiras na Corte — e a consequente demora na escolha do substituto do ministro Luís Roberto Barroso pelo presidente Lula — pode adiar para 2026 o início da pena de 27 anos e três meses de prisão de Bolsonaro, caso ela seja confirmada.