Gilmar Mendes defende Moraes após prisão de Bolsonaro: “Sem ele, Brasil viraria um pântano”
Ministro do STF rebate críticas, exalta colega e lembra plano para matar Lula
Foto: Pedro Ladeira / FolhaPress
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa do colega Alexandre de Moraes após a repercussão da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada por Moraes.
Segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, a decisão teria causado certo incômodo em parte dos ministros da Corte por não ter sido previamente discutida com os demais integrantes.
Durante participação no evento Esfera Brasil, em Brasília, nesta quarta-feira (6), Gilmar negou qualquer tipo de desconforto entre os ministros e enalteceu a atuação de Moraes nos últimos anos.
“Eu tenho muito orgulho de ter o Alexandre Moraes como colega. Eu já disse isso várias vezes a vocês: o Brasil teria se tornado um pântano institucional se não fosse a ação de Moraes. O Brasil deve muito à atuação dele durante todo esse período. No período da Covid, no período [de Moraes como presidente] do TSE. Depois, com todas essas questões, fake news, um trabalho desafiador”, afirmou.
O magistrado também mencionou o plano de aliados do ex-presidente para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes.
“A gente que é pacífico, que vive uma vida normal há mais de 40 anos, nós estamos vivendo uma vida normal, em que há sucessão política normal. Pede-se e ganha-se a eleição, vai-se para casa, disputa-se outra eleição. Agora planeja-se a morte do Lula, do vice-presidente Alckmin e de Alexandre de Moraes. Isso acaba de ser reconhecido, confessado pelo general Fernandes”, declarou.
Gilmar ainda reforçou que não se trata de meros manifestantes ou opositores políticos, mas de agentes envolvidos em atos criminosos graves.
Com a fala, o ministro reafirma a união da Corte em torno de Moraes e tenta neutralizar a tensão gerada após a prisão do ex-presidente, que está em regime domiciliar por decisão do Supremo.