PF inclui presidente do União Brasil em apuração sobre atuação do PCC nos setores econômicos
Investigadores apuram se Rueda seria o proprietário oculto de jatos executivos
Foto: Divulgação/União Brasil
O advogado Antônio Rueda, atual presidente do União Brasil, foi citado nas apurações da Operação Carbono Oculto, conduzida pela Polícia Federal, que investiga a presença da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em áreas estratégicas da economia, como os setores financeiro e de combustíveis.
De acordo com o portal Metrópoles, os investigadores apuram se Rueda seria o proprietário oculto de jatos executivos registrados em nome de terceiros e de fundos de investimento. As aeronaves estariam sendo operadas pela empresa Táxi Aéreo Piracicaba (TAP) companhia tradicional no segmento de aviação privada e que já prestou serviços a diversos políticos em exercício de mandato.
Entre os aviões sob suspeita, está o Cessna 560XL, de matrícula PRLPG, formalmente pertencente à Magik Aviation, empresa associada à Bariloche Participações S.A., ambas presididas pela mesma pessoa. A Bariloche tem sede no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, e pertence a dois empresários do setor de mineração: Haroldo Augusto Filho e Valdoir Slapak.
Esses dois empresários também estiveram no foco da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado. A investigação mira a suposta venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Haroldo e Valdoir são os principais nomes por trás do grupo econômico Fource, e os dois aparecem em conversas extraídas do celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT).
A TAP, empresa responsável pela operação das aeronaves, também teria sido utilizada por Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, apelidado de “Primo”, proprietário da refinaria Copape ambos apontados como personagens centrais na investigação da Carbono Oculto.