Trump diz que Israel aceita cessar-fogo de 60 dias em Gaza, mas acordo segue em ajustes
Trump afirmou que a expectativa é que o Hamas também aceite os termos
Foto: Reprodução / Redes sociais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última terça-feira (1) que Israel aceitou os termos propostos para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo ele, o entendimento prevê uma trégua de 60 dias e foi discutido durante uma reunião entre representantes americanos e autoridades israelenses.
A proposta final do acordo, no entanto, ainda está em fase de elaboração e deverá ser formalizada nos próximos dias por meio da mediação do Catar e do Egito. Até o momento, o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Em uma publicação nas redes sociais, Trump afirmou que a expectativa é que o Hamas também aceite os termos, reforçando que esta é “a melhor proposta possível para encerrar o conflito”. O presidente alertou que, caso o grupo recuse o cessar-fogo, a situação na região poderá se agravar ainda mais.
O atual conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram o território israelense, matando aproximadamente 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, a maioria civis. Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva militar de grande escala na Faixa de Gaza.
Desde então, mais de 56 mil palestinos morreram em decorrência dos bombardeios, segundo dados de autoridades locais ligadas ao Hamas. O território foi amplamente destruído, milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, e a crise humanitária se intensificou, com a desnutrição se tornando um problema crítico.
Entre janeiro e março de 2025, um cessar-fogo temporário de 40 dias foi acordado entre as partes. Durante esse período, o Hamas libertou reféns israelenses, enquanto Israel autorizou a soltura de prisioneiros palestinos. No entanto, ao fim da trégua, os ataques foram retomados.
Agora, com uma nova proposta de interrupção das hostilidades em negociação, a expectativa da comunidade internacional é de que se abra espaço para um acordo mais duradouro e que alivie o sofrimento da população civil.