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TDAH: entenda os impactos do transtorno quando não tratado desde a infância

TDAH: entenda os impactos do transtorno quando não tratado desde a infância

A falta de diagnóstico precoce pode comprometer a vida escolar, profissional e emocional de crianças e adultos com o transtorno

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Divulgação Freepik

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, mais conhecido como TDAH, é um distúrbio neurobiológico que tem início na infância. Os sintomas se caracterizam por desatenção, hiperatividade e impulsividade, afetando o funcionamento diário e o desenvolvimento da criança. Quando não tratado adequadamente, o transtorno pode acompanhar o indivíduo até a vida adulta, gerando diversos prejuízos.

Estudos mostram que a falta de diagnóstico e tratamento do TDAH na infância pode causar sérios impactos na vida adulta. Dados apontam que entre 33% e 66% das crianças com o transtorno continuam apresentando sintomas ao longo da vida, e apenas 24% conseguem manter empregos estáveis na fase adulta, em comparação com 79% daqueles que não possuem o transtorno.

No Brasil, a prevalência de adultos com sintomas da condição gira em torno de 4,6%, mas menos de 11% recebem diagnóstico e tratamento adequados. Esses adultos enfrentam maiores taxas de abandono escolar, desemprego, depressão, ansiedade e baixa qualidade de vida.

O tratamento do TDAH é considerado multimodal, ou seja, combina diferentes abordagens para garantir melhores resultados. Os métodos mais eficazes incluem o uso de medicamentos — como metilfenidato e lisdexanfetamina, aliados à psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental. Estratégias complementares, como apoio escolar, orientação para pais e mudanças no estilo de vida (sono adequado, alimentação balanceada e prática de atividades físicas), também são fundamentais. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para que o paciente desenvolva autonomia e qualidade de vida.

Os sintomas do TDAH envolvem principalmente desatenção, hiperatividade e impulsividade. Pessoas com o transtorno costumam ter dificuldade para manter o foco, se organizar, lembrar de compromissos e concluir tarefas. Também podem ser inquietas, falar em excesso, agir sem pensar e interromper conversas com frequência. Esses sinais costumam surgir ainda na infância e, quando persistem sem tratamento, afetam o desempenho escolar, profissional e os relacionamentos ao longo da vida.

Especialistas reforçam que o TDAH não é uma sentença, mas sim uma condição que, quando compreendida e acompanhada, permite uma vida produtiva e equilibrada. Para isso, é essencial quebrar mitos e garantir mais informação sobre o transtorno, não apenas para pais e educadores, mas para toda a sociedade.

Se você perceber que sua criança, ou até mesmo você, apresenta esses sinais, procure a orientação de um profissional especializado.

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