Guerras mundiais: Como os conflitos armados podem afetar o mundo que conhecemos?

Em um período que a informação é a base do saber, onde é necessário aprender com a antiga história, líderes mundiais ainda continuam batalhando por seus ideais, em nome do "povo". A guerra entre Ucrânia e Rússia, Israel e o mundo islâmico, podem mudar a forma que a geopolítica é compreendida em um futuro breve, já que mesmo sabendo das catastróficas consequências que grandes guerras deixam, continuam a ameaçar e atacar povos considerados "inimigos" para eles, seja por política, ideais, religião e ego.

UCRÂNIA X RÚSSIA:

Iniciada por um ataque russo à localidade da Crimeia, perto da capital Kiev, em fevereiro de 2022, assustou a todas as pessoas em um período, ainda, de luta constante contra a pandemia de COVID-19. Com a justificativa de "proteger os seus", Putin e seu exército invadiram a Ucrânia com medo da aproximação do país à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma organização de países que se ajudam mutualmente de forma militar com foco principal em segurança e defesa coletiva.

Putin tinha medo de que a Ucrânia, ao se aliar mais ao ocidente, deixaria por completo a influência dos países que um dia foram da URSS (União Soviética), fazendo com que a Rússia diminuísse sua forte influência, em uma região bastante importante em minerais e energia. No ataque, o presidente russo ordenou seus 200.000 soldados invadirem o país vizinho em busca de derrubar o governo de forma rápida e devolver a influência a ele.

Acontece que Putin não esperava que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reagiria à altura e, com as forças do exército, conseguiu se defender do ataque relâmpago. Kiev não foi dominada, porém, pontos importantes como a Crimeia, que tem um forte poder de oleoduto, foram conquistados e ainda permanecem nas mãos russas, justamente por essa região ter bastantes descendentes de russos. Recentemente, com o acordo de paz sendo bastante discutido, após três anos de conflitos, a Rússia impôs ameaças caso esse território, e mais alguns, sejam reconquistados pela Ucrânia e aliados.

ISRAEL X MUNDO ISLÂMICO:

Outro conflito que está causando preocupação mundial é entre Israel e o Irã, que se iniciou na madrugada do dia 12 entre 13 de junho de 2025. Entretanto, essa guerra é muito mais antiga e tem a ver com a Segunda Guerra Mundial. Os judeus, povo de Israel, desde as histórias escritas na Bíblia, apontam que um dia Deus os levaria à terra prometida, localizada, segundo histórias antigas, na região de Israel e localidades próximas. No fim da segunda grande guerra e consequentemente o holocausto, a ONU (Organização das Nações Unidas) oficializou a criação do Estado de Israel como solução ao antissemitismo na Europa. 

O problema é a região denominada como ideal para os judeus, já estava sendo ocupada por um povo, os palestinos, obrigando a ONU a dividir o território da Palestina: entre os israelitas e palestinos, causando assim históricos conflitos entre os dois povos, principalmente pela Palestina não ser considerada um Estado nacional, deixando de ser um país oficial. 

Anos se passaram e a região chamada "Faixa de Gaza" frequentemente estava em uma situação delicada, com guerras e problemas entre os judeus e muçulmanos. A situação se intensificou quando o grupo terrorista Hamas atacou Israel, em um ataque de grande proporção em outubro de 2023. A causa da guerra entre os dois grupos é uma mistura entre disputas territoriais, tensões religiosas e geopolíticas, com o Irã apoiando o Hamas e Israel fazendo uma aliança com os Estados Unidos. Enquanto o Hamas visa à destruição completa do Estado judeu para a criação de um Estado palestino islâmico, Israel luta para desmantelar a infraestrutura militar do grupo e de seus apoiadores. 

Logo, é por isso que o Irã foi atacado por mísseis israelitas no dia 13 e de forma surpreendente. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o objetivo era atacar bases de mísseis terra-terra no Irã, matar grandes nomes do exército do país persa e acabar com o trabalho nuclear que o Irã desenvolvia durante o tempo. Entretanto, o país islâmico conseguiu se defender e atacar de forma agressiva e rápida, derrubando a forte defesa de mísseis que o país judeu tem.

AMEAÇAS NUCLEARES E "FIM DO MUNDO":

Um dos motivos dos confrontos militares tão carregados ainda não se desenvolverem a níveis mundiais, como as duas grandes guerras, é o medo do temido confronto nuclear e literalmente, o Fim do Mundo. O exemplo necessário para se comentar sobre esse grande receio vem justamente nos dois conflitos que ocorrem hoje em dia. Em busca do acordo de paz, o assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, afirmou severamente que, caso a Ucrânia e / ou seus aliados tentem retomar as regiões conquistadas pela Rússia durante a guerra, se recusando no acordo de paz a passar os territórios para a Federação russa, o país não terá medo de utilizar poderio nuclear, declarando que esse será o "fim do planeta". 

“Se pararmos o conflito na linha de frente e não chegarmos a uma paz real, apenas concluirmos algum tipo de trégua... então essa região vai se transformar em um enorme Karabakh (referência à região de Nagorno Karabakh, alvo de disputa entre Armênia e Azerbaijão). Com o tempo, a Ucrânia, com a Otan, tentará recuperar o território e isso será o fim do planeta, será uma guerra nuclear”, declarou o assessor.

Sobre o conflito no oriente médio, aliados do lado israelita foram ameaçados pelos islâmicos. Caso haja proteção, Estados Unidos, França e Reino Unido serão, sem dúvidas, atacados por suas forças e, principalmente, o tratado de não proliferação nuclear será ignorado.

 O tratado em si foi criado pela ONU após os ataques das bombas por parte dos Estados Unidos contra o Japão na Segunda Guerra, tendo o Irã como signatário desde o ano 1970. Ele nasceu com o objetivo de restringir os países a somente usarem o direito de busca da energia nuclear para fins civis, abdicando do desenvolvimento de armamentos e cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão observador de programas nucleares. Porém, devido às condições, existe um projeto de lei, que será votado pelo Parlamento Iraniano, para o país sair desse acordo e se desenvolver nuclearmente, segundo o Ministério das Relações Exteriores. 

"À luz dos acontecimentos recentes, tomaremos uma decisão apropriada. O governo deve implementar os projetos aprovados pelo parlamento, mas essa proposta continua em fase de elaboração e vamos coordenar com o parlamento nas etapas seguintes", afirmou o porta-voz do ministério, Esmaeil Baghaei.

IMPACTO NO MUNDO:

As consequências que os conflitos podem causar são múltiplos e afetarão os diferentes níveis de vida do planeta e a forma de se viver. De início, acordos entre países serão quebrados, sejam econômicos, ideológicos, armamentistas, culturais, de cooperação, entre outros, podendo mudar as ideologias atuais do planeta. Depois disso, se evolui a deslocamentos em massa de refugiados buscando fugir da guerra, violação dos direitos humanos, fome, doenças, traumas e sofrimento para milhões de pessoas, principalmente nos civis, que não têm culpa de nada.

No final, acabará com a biodiversidade e os ecossistemas, poluindo e contaminando o ar, o solo e a água, excluindo de vez a vida presente, em caso de ataques nucleares, tão potencialmente destrutivos, como visto em Hiroshima e Nagasaki.