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De menino prodígio a Rei do futebol: a grande história de Pelé

De menino prodígio a Rei do futebol: a grande história de Pelé

Dia 29 de dezembro marca três anos do falecimento do maior jogador de futebol da história

| Autor: Lucca Anthony

Foto: Reprodução / @pelé

No mundo do esporte existem diversos tipos de atletas, desde aqueles considerados comuns, até os classificados como gênios devido à sua grande habilidade. Mas são poucos que alcançam o suprassumo do ápice, sendo considerados um "Rei" no que fazem, e dentro do futebol existe um, Edson Arantes do Nascimento ou mais conhecido como Pelé. Nascido em 23 de outubro de 1940, o mineiro da cidade de Três Corações sempre tinha um carinho com olhares diferentes para o futebol, fazendo com que desde pequeno buscasse praticar o esporte. E foi em uma mudança para a cidade de Bauru, em São Paulo, que sua trajetória para se tornar um exemplo no futebol se iniciou. 

INÍCIO METEÓRICO

Edson precisou sair de seu interior em Minas Gerais com seus pais para buscarem uma melhor condição de vida no interior do estado de São Paulo. Lá foi onde o pequeno Pelé - que ainda não se chamava "Pelé" - iniciou o seu caminho no futebol, muito por influência de seu pai, Dondinho, que era ex-jogador de futebol. O futuro camisa 10 do Brasil deu seus primeiros passos na modalidade nos campeonatos de bairros e em alguns jogos em campinhos de terra que havia por perto de onde morava, mas não podia se dedicar 100% em seu sonho devido às difíceis condições de vida que sua família tinha, já que, muito pobres, precisavam da ajuda do filho para ganhar uma renda extra, o que ele fazia engraxando sapatos. 

Mas tudo mudou quando ele foi convidado para ingressar na base do time de Bauru, o Bauru Atlético Clube (BAC), na categoria treinada por Waldemar de Brito, ex-jogador da seleção brasileira. E foi o próprio Waldemar que abriu as portas para o jovem após ver sua grande evolução e genialidade dentro dos treinos, percebendo rapidamente que Pelé era fora do comum, já que, mesmo com pouca idade, Edson tinha técnica apurada, inteligência nas criações e finalizações de jogadas e uma grande capacidade de finalização. Um tempo após estar no BAC, aluno e treinador foram fazer testes em clubes maiores. 

Em 1956, com somente 15 anos, Edson foi levado para fazer um teste no Santos FC, time do litoral paulista e que contava com grandes nomes como Vasconcelos, o camisa 10 do peixe e considerado o "Rei" antes da Era do mineiro. Na Vila Belmiro, treinadores e dirigentes do clube se impressionaram com a técnica e a habilidade de Pelé, apresentado por Waldemar inclusive como "o garoto que vai ser o maior jogador de futebol do mundo". Com uma primeira impressão de alto nível, ele assinou seu primeiro contrato profissional ainda com somente 15 anos. 

No mesmo ano de sua chegada, no dia 7 de setembro, em um amistoso entre o Santos e o Corinthians de Santo André, Pelé estreou no lugar do próprio Vasconcelos após fratura na perna e marcou seu primeiro gol, dos mais de mil que viriam em sua carreira. Pelé foi tão astronômico em seu crescimento dentro do esporte que, em menos de dois anos desde sua estreia, conquistou o título estadual (campeonato paulista) e foi convocado pela primeira vez para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia. 

RECORDES E SUA HISTÓRIA NA HISTÓRIA

Um jogador tão emblemático precisa, de algum jeito, revolucionar o esporte de que fez parte e deixar a sua história na história dele. Entre os diversos recordes que Pelé quebrou dentro de sua carreira, o primeiro foi aquele que apresentou o brasileiro para todo o mundo, o mais jovem da história a conquistar uma Copa do Mundo, com seus somente 17 anos. Além de apagar a dor do "Maracanazo" da Copa de 1950, Pelé deu o primeiro troféu para o seu país e mudou a percepção de uma seleção talentosa, mas emocionalmente instável. 

Imediatamente, um jovem jogador anônimo e desconhecido no mundo se tornou um fenômeno nunca antes visto. Em apenas 4 jogos, o camisa 10 marcou 6 tentos: 1 nas quartas, 3 nas semifinais (primeiro da história a fazer tal feito) e 2 na final contra a dona da casa, a Suécia, o que fez o adolescente conquistar o gosto de todos e estampar capas internacionais. Além do carinho conquistado nos países estrangeiros, ele se tornou um ícone imediato em solo nacional, inclusive precisando ser impedido pelo próprio governo da época para não aceitar propostas da Europa e se manter no Santos para continuar a evoluir o futebol brasileiro. 

E ainda bem que ele permaneceu. Com o manto santista, Pelé conquistou 10 títulos estaduais (maior da história do clube), 5 campeonatos hoje considerados o Brasileirão, 2 Libertadores e 2 mundiais pelo clube, se tornando o maior artilheiro com 1.091 gols (jogos gerais), maior artilheiro em jogos oficiais com 643, maior artilheiro do clube no Campeonato Paulista, recorde de títulos com 24 títulos, jogador mais jovem a marcar pelo clube e outros diversos recordes. Mas isso não parou somente no Santos, pela Seleção Brasileira ele se tornou o maior artilheiro, ícone da camisa 10 e o principal, o maior jogador campeão de Copas do Mundo, com três conquistados, tendo mais que seleções campeãs como a Espanha, França e Inglaterra. 

Outro recorde, inclusive já citado, é sua incrível marca de 1.283 gols em toda a sua carreira de 1.367 jogos, recorde ainda nunca batido e um dos únicos jogadores da história a ultrapassar a marca dos 1.000 oficialmente, junto a Romário. 

Pelé é sinônimo de grandeza, habilidade, majestade e história, mesmo tendo jogado em uma época distante da atual. Ele continua sendo ídolo, influente e importante para a história do Brasil e do futebol nacional e internacionalmente. Na vida existem poucas certezas, mas uma delas é que nunca existirá outro Pelé. 

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