Ibovespa bate 10º recorde consecutivo e fecha acima dos 154 mil pontos; Dólar cai novamente

O Ibovespa, índice-referência da B3, atingiu um novo recorde fechando no patamar de 154.063,53 pontos na sexta-feira (7), resultado de uma sequência de décimo topo histórico consecutivo do indicador. A valorização do dia foi de 0,47% e elevou para cerca de 28,08% o avanço acumulado no ano.

O bom desempenho ocorre num contexto em que o mercado interno se beneficia de resultados corporativos positivos — em especial da Petrobras, cujas ações ordinárias e preferenciais reagiram fortemente após divulgação de lucros e anúncio de dividendos. Em paralelo, a queda do dólar frente ao real reforça o ambiente de maior apetite por risco e crescimento de ativos domésticos. 

Especialistas avaliam que esse movimento de alta contínua do Ibovespa traz implicações importantes para a economia brasileira. Por um lado, ele sinaliza maior confiança dos investidores — tanto nacionais quanto estrangeiros — na trajetória econômica do país, o que pode favorecer captação de recursos, valorização de ativos e estímulo ao setor corporativo. Por outro lado, alertam que a euforia dos mercados pode gerar riscos de sobreavaliação de papéis, aumento da vulnerabilidade a choques externos e maior sensibilidade a revisões de expectativas de crescimento ou política monetária.

Em termos práticos, para o cidadão e para a economia como um todo, essas valorizações tendem a tornar mais atrativos investimentos em renda variável, o que pode puxar aumento de liquidez, consumo e crédito. Mas o aumento dos preços de ativos não se traduz automaticamente em melhoria imediata do emprego ou renda. Assim, apesar de celebrar os recordes, economistas reforçam a necessidade de cautela, equilíbrio nas políticas públicas e acompanhamento dos fatores de sustentação desse ritmo — como juros, política fiscal e cenário internacional.