Malafaia minimiza protagonismo de Michelle Bolsonaro na direita: "Não será a grande voz do público conservador"
Pastor reconhece influência da ex-primeira-dama, mas aponta outros nomes

Foto: Victor Chagas/PL Mulher
O pastor Silas Malafaia afirmou não acreditar que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se torne a principal liderança da direita nas eleições presidenciais de 2026. Em entrevista ao programa Conexão Metrópoles, nesta quarta-feira (23), o líder religioso disse que, embora Michelle tenha conquistado espaço próprio, há diversas figuras com influência crescente entre os conservadores.
“Não acredito que a Michelle vai ser a grande voz do público conservador, porque tem várias vozes. A Michelle conseguiu capilaridade por ela mesma. As pessoas, no mundo político, conquistam seu espaço pelas ações e atitudes”, declarou Malafaia.
O pastor citou nomes como Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), além dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio e Eduardo, como exemplos de lideranças que dividem espaço no campo conservador. “Várias vozes incluem Michelle Bolsonaro”, ponderou.
Liderança em disputa
Com Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seu grupo político segue em busca de um nome forte para representar a direita nas urnas. Michelle Bolsonaro tem sido apontada por aliados como possível sucessora, sendo defendida por lideranças como o senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda no Senado.
Apesar das dúvidas internas, pesquisas recentes indicam que Michelle já aparece bem posicionada entre o eleitorado. Segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado em junho, a ex-primeira-dama tem 29,9% das intenções de voto no Distrito Federal, contra 25,2% de Lula (PT). O resultado configura empate técnico dentro da margem de erro, que é de 2,6 pontos percentuais.
O levantamento ouviu 1.522 eleitores do Distrito Federal entre os dias 31 de maio e 4 de junho de 2025, com nível de confiança de 95%.
Mesmo inelegível, Bolsonaro tem mantido presença ativa em eventos públicos e chegou a afirmar que se considera um candidato para 2026. No entanto, a definição sobre quem herdará sua base eleitoral segue em aberto.