NotíciasPolíticaJustiça proíbe Bolsonaro de usar imagens de discurso em Londres na campanha

Justiça proíbe Bolsonaro de usar imagens de discurso em Londres na campanha

Presidente esteve na Inglaterra para velório da Rainha Elizabeth II

| Autor: Redação

Foto: Alan Santos/PR

O presidente e candidato a re-eleição, Jair Bolsonaro (PL), foi proibido de utilizar em sua campanha, imagens do seu discurso realizado na sacada da residência oficial da embaixada do Brasil em Londres, no domingo (18).

A decisão foi do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Ele também determinou em liminar (decisão provisória e urgente) a retirada de vídeos postados nas redes sociais do deputado filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), com as falas do pai no edifício oficial do governo brasileiro na capital inglesa.

O chefe do Planalto esteve em Londres no domingo e na segunda (19) para o funeral da Rainha Elizabeth II. Bolsonaro aproveitou a viagem para fazer campanha política, com um discurso na sacada da residência oficial do embaixador do Brasil na cidade e ataques contra seu principal adversário no pleito, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"E também essa manifestação por parte de vocês representa o que realmente acontece no Brasil. O momento que temos pela frente, que teremos que decidir o futuro da nossa nação. Sabemos quem é do outro lado e o que eles querem implantar no nosso Brasil. A nossa bandeira sempre será dessas cores que temos aqui: verde e amarela. Não tem como a gente não ganhar no primeiro turno", disse Bolsonaro, na Inglaterra.

A ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi protocolada pela também candidata à presidência, Soraya Thronicke (União Brasil), que alegou abuso de poder político e econômico por parte do mandatário.

"O vídeo não deixa dúvidas de que o acesso à Embaixada Brasileira, somente franqueado ao primeiro representado [Bolsonaro] por ser ele o Chefe de Estado, foi utilizado para a realização de ato eleitoral. Após poucos segundos de condolências à família real, a sacada foi convertida em palanque, para exaltação do governo e mobilização do eleitorado com o objetivo de reeleger o candidato", disse o corregedor, em sua decisão.

"É patente, portanto, que o fato em análise é potencialmente apto a ferir a isonomia entre candidatos e candidatas da eleição presidencial, uma vez que o uso da posição de Chefe de Estado e do imóvel da Embaixada para difundir pautas eleitorais redunda em vantagem não autorizada pela legislação eleitoral ao atual incumbente do cargo."

Tags

Notícias Relacionadas