Governo cumprirá ordem de Moraes para retirar golpistas de quartéis na Bahia
Pastas da Segurança e Justiça atuarão conjuntamente para prevenir eventuais atos antidemocráticos no estado

Foto: Antônio Queirós/GOVBA
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se reuniu na manhã desta segunda-feira (9) com titulares de pastas estratégicas da gestão para manter a atuação conjunta de monitoramento, acompanhamento e eventual combate aos atos antidemocráticos registrados desde domingo (8) em Brasília. Bolsonaristas extremistas invadiram e vandalizaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Participaram da agenda os secretários de Segurança Pública, Marcelo Werner, e da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, além dos secretários de Gabinete, Adolpho Loyola, e de Relações Institucionais, Luiz Caetano. O comandante da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e a procuradora-geral do Estado, Bárbara Camardelli.
Dentre as demandas do grupo de trabalho está o cumprimento da ordem do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que as áreas de acampamento em frente aos quartéis do Exército sejam liberadas.
O encontro desta manhã antecedeu a reunião que os governadores terão com o presidente Lula (PT) na capital federal. O objetivo é impedir que novos atos antidemocráticos se espalhem pelo país. “Devem continuar as posturas firmes para que a gente possa continuar fortalecendo a democracia. A democracia não vai ser destruída nesse país”, afirmou Jerônimo.
Desde a eclosão dos ataques terroristas, o governo baiano decidiu reforçar o policiamento em alguns prédios públicos na Bahia. Entre os locais monitorados está o Centro Administrativo, em Salvador, onde funcionam secretarias e outros órgãos da administração pública estadual.
O objetivo é evitar a destruição do patrimônio público. Na madrugada de hoje, o governador enviou para Brasília uma tropa de 70 policiais militares para atuação no combate aos atos antidemocráticos.