Após TSE torná-lo inelegível, Bolsonaro diz que "não está morto"

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse que “não está morto” politicamente. A declaração, feita em Belo Horizonte, veio após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar Bolsonaro inelegível pelos próximos oito anos. As informações são do g1. 

Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (30), Bolsonaro afirmou que "acredita ter sido a primeira condenação por abuso de poder político" e se tratar de um "crime sem corrupção". Ele ainda acrescentou que pretende recorrer ao TSE. O ex-presidente está na capital de Minas Gerais para comparecer ao sepultamento de Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura. 

Bolsonaro também criticou a postura do Tribunal Superior Eleitoral, relatando que foi proibido de "até de fazer lives" da casa dele - na ocasião, o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República. Além disso, ele alegou que o TSE “trabalhou contra a sua proposta” e que ele respeitou a Constituição "muitas vezes a contra gosto" durante seu mandato. 

O julgamento de Bolsonaro no TSE foi retomado nesta sexta-feira (30) pela quarta vez. O voto da ministra Cármen Lúcia foi responsável por definir a decisão. 

Antes mesmo da leitura de seu discurso para justificar o voto, a ministra adiantou que se manifestaria pela condenação de Bolsonaro. Dessa forma, o placar ficou em 4 X 1 contra o ex-presidente. Com o voto do ministro Kassio Nunes Marques, atualizou para 4 X 2. Na sequência, o placar mudou para 5 X 2 com o voto de Alexandre de Moraes.