NotíciasPolíticaEleições: Bolsonaro cresce entre eleitores vulneráveis; Lula sobe entre seguros

Eleições: Bolsonaro cresce entre eleitores vulneráveis; Lula sobe entre seguros

Os dados são da pesquisa do Datafolha

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/ Flickr Palácio do Planalto/Facebook Lula

As intenções de voto em Jair Bolsonaro (PL) subiram de 19% para 24% entre os chamados vulneráveis, aqueles com baixa renda e instabilidade financeira, enquanto o ex-presidente Lula (PT) ultrapassou o atual mandatário do Brasil entre a população classificada como segura, a que tem maior estabilidade e renda. Segundo a última pesquisa do Datafolha, o petista cresceu de 35% para 40% nesta categoria.

Por volta de metade dos eleitores vulneráveis que preferem Bolsonaro recebem o Auxílio Brasil ou moram com algum beneficiário do programa de transferência de renda, que teve seu valor ampliado de R$ 400 para R$ 600 no período. Os vulneráveis representam mais de um terço do eleitorado (35%) do liberal, enquanto os seguros representam um quinto (20%).

O levantamento foi realizado com 2.556 pessoas nos dias 27 e 28 de julho, logo, antes da saída de André Janones (Avante) da disputa, e levou em consideração a renda mensal do eleitor e ocupação. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para os vulneráveis, e cinco para os seguros.

O Datafolha ainda analisou outros três grupos. Entre os resilientes, que assim como os vulneráveis ganham até dois salários mínimos mensais, mas não tem estabilidade financeira, 53% escolhem Lula, contra 22% de Bolsonaro. Eles somam 17% do total de eleitores, fatia que tem margem de erro de até cinco pontos.

Já os amparados, que são aqueles com renda instável, porém mais alta (acima de dois salários), se dividem entre os dois candidatos. No mês anterior, o petista estava à frente, com 42% contra 37% do atual presidente. Contudo, agora ambos têm 38%. Esse segmento corresponde a 18% do total de eleitores e tem margem de cinco pontos.

Os chamados superseguros, estáveis e ainda mais ricos (acima de cinco salários mínimos), representam 8% do eleitorado e são os únicos que ainda preferem Bolsonaro. O chefe do Planalto, porém, permaneceu no mesmo patamar (42%), enquanto Lula aumentou seus números de 30% para 34%. A margem de erro é de sete pontos.

O Datafolha ainda indicou que entre os eleitores da terceira via, os seguros e superseguros são os mais simpáticos aos dois principais candidatos alternativos à polarização. Ciro Gomes (PDT) vai a 11% no primeiro grupo, e Simone Tebet (MDB) marca 7% no segundo, sua pontuação mais alta nesse recorte da pesquisa. Lula ainda lidera entre vulneráveis e Bolsonaro, entre super seguros.

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