Corregedoria da Caixa diz que teve dificuldades para investigar casos de assédio
A equipe de investigação foi formada por dez pessoas com o intuito de conduzir apurações sobre malfeitos dentro do banco

Foto: Arquivo/Agência Brasil
O relatório final da apuração interna dos casos de assédios moral e sexual envolvendo Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa, apontou que diferentes áreas da instituição dificultaram o processe. O documento menciona ainda a resistência do próprio Guimarães em colaborar com os investigadores.
A equipe de investigação foi formada por dez pessoas com o intuito de conduzir apurações sobre malfeitos dentro do banco sem correr risco de sofrer represálias. No relatório final do caso foi dito que eles esbarram em “obstáculos, ou mesmo impedimentos, para obter determinados subsídios requeridos por meio de diligências encaminhadas às áreas da Caixa, bem como ao ex-presidente Pedro Guimarães”.
O relatório diz ainda que, após caso se tornar de conhecimento público, a Corregedoria pediu acesso às imagens de câmeras de segurança da garagem da Caixa, do elevador privativo usado pelo então presidente e dos corredores por onde circulavam Pedro Guimarães e outros dirigentes.
A área que fica responsável por guardar as imagens, a Suseg, informou que teve limitações técnicas e solicitou um prazo maior para cumprir o pedido, que só foi atendida cinco dias depois. Nem todas as imagens, porém, foram entregues.
A situação culminou em uma reunião entre as duas áreas da Caixa, na qual a Corregedoria esclareceu que queria “a integralidade de todas as imagens, sem cortes ou edições, para análise por forense”.