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Carla Zambelli é transferida de cela na Itália após relatar agressões de outras detentas

Ex-deputada federal cumpre pena após condenação do Supremo Tribunal Federal

| Autor: Redação/Varela Net
Carla Zambelli

Carla Zambelli |Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi transferida para outra cela em uma prisão na Itália após relatar que vinha sendo agredida por outras internas na unidade penitenciária onde está detida em Roma. A mudança de cela foi autorizada pela administração do presídio após pedidos da defesa, diante dos episódios de violência relatados. 

De acordo com a defesa da ex-parlamentar, liderada pelo advogado Fábio Pagnozzi, Zambelli foi atacada por colegas de prisão pelo menos três vezes antes de setembro deste ano, sem que a administração do presídio tomasse providências na ocasião. A justificativa apresentada pelas autoridades penitenciárias foi a alta rotatividade de detentas na unidade, o que dificultaria medidas imediatas. 

Diante dos riscos à sua integridade física, a defesa solicitou formalmente a transferência de Zambelli para um andar superior da prisão, deixando a cela no andar térreo onde estava anteriormente. O pedido foi atendido e a mudança foi efetivada. 

Zambelli cumpre pena de 10 anos de reclusão na Itália após ter sido condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por participar da invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto a um hacker. A ex-deputada estava foragida quando a Justiça italiana a deteve em julho, e desde então aguarda desdobramentos do processo de extradição ao Brasil.

Em 14 de dezembro, três dias após a determinação do ministro Alexandre de Moraes para a perda imediata do mandato, Zambelli oficializou sua renúncia ao cargo de deputada federal, o que abriu caminho para a posse de seu suplente, Adilson Barroso (PL-SP), na Câmara dos Deputados.

Relatos de episódios de agressão já haviam sido mencionados pelo senador Magno Malta (PL-ES) e pela própria defesa em ocasiões anteriores, mas sem registro formal junto às autoridades italianas. Autoridades penitenciárias italianas e o Ministério da Justiça da Itália não responderam oficialmente às informações sobre as agressões até o momento.

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