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Bolsonaro diz que Sachsida tem aval para trocar presidente da Petrobras

Segundo o presidente, ministro de Minas e Energia tem 'carta branca' para a decisão

| Autor: Redação

Foto: Reprodução / Facebook

No início da tarde deste domingo (15), Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, disse que a decisão de substituir o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, cabe ao novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.

Perguntado duas vezes durante entrevista na Praça dos Três Poderes, em Brasília, se irá trocar o comandante da estatal, Bolsonaro respondeu: "Pergunta para o Adolfo Sachsida". Conforme ele, o ministro tem "carta branca".

Na última quarta-feira (11), o chefe do Planalto demitiu Bento Albuquerque, o então ministro de Minas e Energia, e o substituiu por Sachsida, ex-assessor especial de Paulo Guedes, o ministro da Economia.

Devido aos sucessivos aumentos de preço dos combustíveis, Bolsonaro vem reclamando da Petrobras.

Antes de demitir Albuquerque, ele cobrou publicamente o ministro e o próprio José Mauro Coelho, exigindo redução de preço dos combustíveis. O presidente já demitiu dois presidentes da empresa (Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna) em razão de reajustes — motivados pela alta dos preços internacionais do petróleo e pela inflação. Desde 14 de abril, quando se iniciou a gestão do atual presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, houve um reajuste — de 8,9% no preço do diesel.

"Pergunta para o Adolfo Sachsida. Ele é o ministro das Minas e Energia e trata disso. E deixo bem claro: todos os meus ministros, todos, sem exceção, eu dou carta branca para fazer valer aquilo que ele achar melhor para o seu ministério para atender à população", afirmou o presidente sobre a eventual troca do presidente da estatal.

Ele deu a declaração ao parar na Praça dos Três Poderes, após sair de moto para visitar a Feira dos Importados, na localidade do Guará, no Distrito Federal, onde foi recebido por apoiadores.

"Por favor, Petrobras não quebre o Brasil. A margem de lucro deles, eu falei, é um estupro", disse o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que a política de preços da Petrobras pode ser mudada, se o conselho da empresa assim decidir.

Implementada na gestão de Pedro Parente, durante o governo Michel Temer, a política de preços dos combustíveis da Petrobras leva em conta a variação do dólar e do preço do barril do petróleo no mercado internacional.

"A PPI [política de paridade de preços] não é uma lei, é uma resolução do conselho. Se o conselho achar que deve mudar, muda. Mas não pode a população como um todo sofrer essa barbaridade, porque atrelada ao preço dos combustíveis está a inflação", disse Bolsonaro.

Incra

Sobre a falta de orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o presidente afirmou que vai falar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a fim de conseguir verba para a autarquia.

"Precisamos de mais recursos, porque custa dinheiro você mandar o pessoal para áreas, trabalhar, emitir o respectivo título de propriedade. Isso não pode parar. Eu estou pronto para falar com o Paulo Guedes hoje, se não tiver recurso, cortar de algum ministério", disse o presidente.

Na sexta-feira (14), o Incra suspendeu, por falta de orçamento, todas as atividades que envolvam deslocamentos ou sejam avaliadas como "não urgentes".

Nos últimos meses, o presidente Bolsonaro cumpriu agendas oficiais em diversos estados do país entregando títulos rurais expedidos pelo Incra. O órgão é responsável, entre outras funções, pelas ações de regularização fundiária.

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