Rádios públicas dos EUA processam Trump após corte de verbas
Emissoras alegam violação da Constituição e da liberdade de imprensa

Imagem ilustrativa dos Estados Unidos |Foto: Reprodução/Freepik
A National Public Radio (NPR) e outras emissoras públicas dos Estados Unidos entraram com um processo judicial contra o governo de Donald Trump após uma ordem executiva que cortou o financiamento federal destinado à radiodifusão pública. A medida, assinada em 1º de maio, instruiu a Corporation for Public Broadcasting (CPB) a interromper o repasse de verbas para a NPR e a Public Broadcasting Service (PBS), afetando diretamente a operação dessas empresas.
O processo, movido no Tribunal Distrital dos EUA, alega que a decisão do governo viola a Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão e de imprensa. Além disso, as emissoras argumentam que a ordem executiva usurpa o poder do Congresso, que é responsável por determinar como os recursos federais devem ser distribuídos.
Entre os réus citados na ação estão Donald Trump, o diretor de Orçamento da Casa Branca, Russell Vought, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e a presidente do Fundo Nacional para as Artes, Maria Rosario Jackson. A Casa Branca, por sua vez, justificou a medida alegando que a CPB estaria financiando veículos de comunicação que favorecem um partido político específico, o que, segundo o governo, comprometeria a imparcialidade jornalística.
A decisão gerou forte reação entre defensores da mídia pública, que consideram o corte de verbas uma tentativa de enfraquecer a imprensa independente nos Estados Unidos. A PBS também estuda entrar com um processo semelhante contra o governo Trump.