"Mandei matar a vice Cristina", revela namorada de brasileiro que tentou atirar
Mensagens obtidas pelo jornal 'La Nacion' mostram conversas privadas entre Brenda Uliarte e sua amiga Agustina Díaz.

Foto: Reprodução
Namorada do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, que tentou assassinar Cristina Kirchner, Brenda Elizabeth Uliarte, de 23 anos, foi a mandante do atentado que, se não fosse por um erro do atirador, teria resultado na morte do vice-presidente da Argentina. A confirmação do papel de Brenda como mentora da quadrilha veio à tona com a divulgação de mensagens que ela trocava com uma mulher, a terceira a ser presa por envolvimento na tentativa de magnicídio, Agustina Díaz. A Justiça do país decretou prisão preventiva da dupla. Outros dois suspeitos detidos e estão à disposição da Justiça
A tentativa de assassinato de ocorreu em 1º de setembro na entrada na Kirchner, na região central de Buenos Aires. Sabag Montiel se aproximou dela, que cumprimentava militantes peronistas, e disparou uma pistola carregada a centímetros de sua cabeça. Contudo, balas não saíram da arma e o agressor foi preso.
Os trechos divulgados da conversa Brenda e Agustina terminam com as mensagens:
Brenda Uliarte: "[...] Vou ser a libertadora da Argentina. Estive praticando tiro, sei usar uma arma"
Agustina Díaz: "Te amo"
No dia 27 de agosto, ela declarou para a amiga que mandou matar Kirchner, mas que nesse dia não deu certo.
Agustina Díaz: "O que aconteceu? O que eu perdi?"
Brenda Uliarte: "Mandei matar a vice Cristina. Não deu certo porque ela entrou [em casa]".
Em seguida, ela revela que mandou uma pessoa matar a vice e que ele não cobrou nada. No caso, Brenda se referia ao namorado Fernando Montiel. A amiga expressa preocupação, dizendo que ela vai ser procurada por ser cúmplice, no que Brenda responde que tem dinheiro para fugir, mas que antes quer fazer algo pelo seu país.
Em outra conversa, com Montiel, ele explica que não conseguiu matar Cristina Kirchner porque no local tinha uma câmera de TV e pouca gente. Nesse dia, apoiadores da vice-presidente também estavam reunidos em frente à casa dela.
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"Viva por causa de Deus"
Sinto que estou viva por causa de Deus", disse a vice-presidente nesta quinta (15), ao reaparecer em público, em reunião com representantes religiosos.
"O mais grave não é o que poderia ter acontecido comigo, o mais grave foi a quebra do acordo social que existia desde 1983", comentou Cristina, em referência ao ano em que o país recuperou a democracia após o sangrento período de ditadura.
Brasileiro é preso após tentar matar Cristina Kirchner, na Argentina. Homem de 35 anos tentou disparar contra a cabeça da vice-presidente. Arma teria falhado na hora do tiro. pic.twitter.com/ao4yZNJixh
— VarelaNet (@VarelaNet) September 2, 2022