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Líder do MST confirma envio de brigadas à Venezuela em meio à tensão com os EUA

João Pedro Stédile diz que militantes atuarão em apoio ao povo venezuelano, caso haja invasão militar norte-americana

| Autor: Redação Varela Net
Líder do MST confirma envio de brigadas à Venezuela em meio à tensão com os EUA

Foto: Marcelo Piu / Agência O Globo

O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, confirmou que brigadas de militantes brasileiros devem ir à Venezuela diante do aumento das tensões com os Estados Unidos. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Brasil de Fato na última quinta-feira (16).

Segundo Stédile, a decisão foi tomada durante o Congresso Mundial em Defesa da Mãe Terra, realizado entre os dias 8 e 10 de outubro, em Caracas, capital venezuelana. O encontro reuniu delegações de 65 países e discutiu estratégias de solidariedade internacional.

De acordo com o dirigente, os militantes não possuem formação militar, mas poderão atuar em diferentes frentes, como apoio logístico e humanitário. “Podem fazer mil e uma coisas — desde plantar feijão e fazer comida para os soldados até estarem ao lado do povo se houver uma invasão militar dos Estados Unidos”, afirmou.

Em nota ao portal Poder360, a assessoria do MST explicou que ainda não há definição sobre como a colaboração será executada, reforçando que o movimento já possui brigadas na Venezuela, mas voltadas a projetos de produção agroecológica e cooperação popular.

Tensão entre EUA e Venezuela

A movimentação ocorre após o presidente norte-americano Donald Trump confirmar que autorizou operações da CIAna Venezuela. O republicano também afirmou que avalia ataques terrestres contra cartéis de drogas no país sul-americano.

De acordo com o The New York Times, as ações da agência podem incluir “operações letais” e outras missões secretas no Caribe, tendo como possíveis alvos o presidente Nicolás Maduro e integrantes do governo venezuelano.

Trump justificou as operações afirmando que a Venezuela estaria enviando drogas e criminosos para os Estados Unidos — o que foi negado pelo governo de Caracas.

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