NotíciasMundoConflito Israel/Hamas: Como impacta o Brasil?

Conflito Israel/Hamas: Como impacta o Brasil?

O Brasil está em uma posição que pode mudar as coisas na ONU.

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Michael M. Santiago

Embora o Brasil esteja em posse do comando do Conselho de Segurança da ONU durante o mês de Outubro e o presidente Lula tenha emitido uma nota de repúdio ao ataque de sábado à Israel pelo grupo de milícia Hamas, o Brasil não pode fazer essencialmente nada. 

De acordo com o professor de Harvard Hussein Kalout, entrevistado pela BBC Brasil, a posição que o Brasil ocupa no Conselho de Segurança é momentânea e é meramente uma posição administrativa, e “Não tem qualquer poder”. 

O professor Kalout ainda traz que o Brasil sempre foi um firme apoiador da existência de dois estados que coexistirem: O israelense e o Palestino, e esse histórico pode colocar o país em um lugar de possível mediação entre os dois. 

Embora isso seja possível, a pesquisadora Karina Calandrin, assessora do instituto Israel-Brasil e pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da USP, o Brasil só teria o poder de mudar algo se outros países reconhecessem a relevância do tema, o que é difícil. 

A acadêmica também trouxe a importância da convocação da reunião de emergência feita pelo Brasil e fala que o país reforçou “seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas

O Impacto do governo passado

Karina Calandrin fala que um dos fatores internos que podem ser um obstáculo para a atuação do Brasil internacionalmente é o apoio que o ex-presidente, Jair Bolsonaro, que tinha uma linha de apoio exclusivo ao Estado de Israel, o que agradou bastante a eleitores evangélicos do país.  

Por outro lado, a esquerda critica fortemente o estado de Israel tomando o lado dos palestinos que vivem sob a opressão “colonialista” de do país hebraico, mas aponta que a presença de Lula nas redes sociais mostra preocupação em  estabilizar essa situação. 

A pesquisadora aconselha que se o Brasil quiser assumir uma posição mais forte e com poder de decisão terá que assumir o Hamas como organização terrorista, o que foi evitado até o momento por que a própria ONU não faz distinção.

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