"Não há uma única prova", diz defesa de Bolsonaro em julgamento no STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (3) o julgamento dos integrantes apontados como o "núcleo crucial" da organização suspeita de planejar um golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.

Durante a sessão, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro realizou sua sustentação oral. O advogado Celso Villardi, que representa Bolsonaro, afirmou que seu cliente não cometeu qualquer ato contra o Estado Democrático de Direito.

Villardi enfatizou que não existem provas que vinculem Bolsonaro à suposta conspiração golpista, nem mesmo nos depoimentos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, delator no caso.

"Esse papel, essa minuta, essa questão, esse depoimento, não há uma única prova que atrele o presidente [ao plano] Punhal Verde e Amarelo, à Operação Luneta e ao 8 de Janeiro. Aliás, nem o delator, que mentiu contra o presidente da República, nem ele chegou a dizer participação em Punhal, em Luneta, em 8 de janeiro", afirmou Villardi.

O advogado ainda reforçou que, ao tratar especificamente da minuta em questão, demonstrará que Bolsonaro não atentou contra o regime democrático. "Não há uma única prova e como eu vou salientar aqui, com todo respeito", concluiu durante a sustentação oral.