NotíciasJustiçaFlávio Dino consegue indenização milionária por erro médico que levou à morte de seu filho

Flávio Dino consegue indenização milionária por erro médico que levou à morte de seu filho

O valor, segundo o ministro do STF, será integralmente doado

| Autor: Redação/Varela Net
Ministro Flávio Dino e seu filho, Marcelo

Ministro Flávio Dino e seu filho, Marcelo |Foto: Fellipe Sampaio/STF; Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, e sua ex-esposa, Deane Fonseca, conquistaram uma vitória judicial definitiva após mais de 13 anos de briga na Justiça: o Hospital Santa Lúcia, em Brasília, foi condenado a pagar R$ 1,2 milhão em indenização pela morte do filho do casal, Marcelo Dino, ocorrida em 2012. 

Segundo relato, o menino de 13 anos foi internado com uma crise de asma em 13 de fevereiro de 2012 e levado à UTI pediátrica. Durante a madrugada, ele apresentou dificuldade respiratória e faleceu pela manhã, por volta das 7h20. 

Na ação, Dino e Deane sustentaram que houve erro médico e omissão de atendimento: foi alegado que a médica plantonista da UTI teria abandonado o posto no momento crítico, contribuindo para o atraso no socorro ao adolescente. 

Em postagem nas redes sociais, Flávio Dino afirmou que o valor da indenização "não nos interessa" e que será inteiramente doado. Ele disse que o mais importante foi o reconhecimento da culpa do hospital e expressou a esperança de que a decisão sirva de alerta para evitar tragédias semelhantes.

Ele também aproveitou para homenagear Marcelo, lembrando seus gostos — como o Flamengo, música, brincadeiras — e dedicou parte da mensagem à rede de amigos do filho, que o chamavam carinhosamente de “Peixinho”. 

Dino ainda pediu que o Congresso aprove seu projeto de lei (PL 287/2024), quando era senador, que prevê avaliação periódica da qualidade hospitalar. Ele criticou que muitos hospitais investem mais em estética (granitos, vidros espelhados) do que em estrutura e capacitação de profissionais. 

No âmbito criminal, uma médica e uma enfermeira foram indiciadas pela Polícia Civil do DF por homicídio culposo, mas foram absolvidas em 2018 por falta de provas.

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