Depois de crime de ex-motorista do Uber, especialista orienta passageiras

Depois do esquema do criminoso Jonatas dos Reis Oliveira, de 30 anos, ser exposto por passageiras que foram sequestradas, a Polícia Civil pediu a prisão do sequestrador, e as passageiras têm direito ao ressarcimento do que foi perdido durante o sequestro. 

“Elas estavam consumindo o serviço da Uber, então elas se enquadram como consumidoras e fica clara a falha na prestação desse serviço pela plataforma.”, explicou o advogado especialista em direito do consumidor, Ivan Pires. O especialista ainda cobra da empresa a restituição dos valores que as passageiras foram obrigadas a passar para a conta do criminoso. 

Ivan também aponta outra falha da empresa: Jonatas dos Reis Oliveira tinha antecedentes criminais e ainda assim conseguiu ser efetivado como motorista do aplicativo: “É mais um fato que depõe contra a plataforma por não manter a segurança dos seus consumidores”, afirma o advogado. 

Segundo o Correio, o crime que Jonatas participou aconteceu na Vila Laura, e ele não tinha sido identificado pela vítima do roubo porque tinha ficado no carro e servido como piloto de fuga. Entrevistada pelo jornal Correio, a delegada Maritta Souza disse que uma empresa como a Uber não teria acesso a informações como essas. 

O especialista ainda aponta que como foi uma experiência altamente tensa e perigosa e de “abalo psicológico”, as vítimas podem entrar também com danos morais contra a empresa. 

A UBER se pronunciou sobre o crime, leia a nota na íntegra: 

“A Uber lamenta que cidadãos que desejam apenas se deslocar sejam vítimas da violência que permeia nossa sociedade. Esperamos que as autoridades possam identificar e responsabilizar o autor dos atos criminosos. A empresa permanece à disposição para auxiliar no curso das investigações, nos termos da lei. A conta do motorista parceiro utilizada foi temporariamente desativada assim que a empresa tomou conhecimento do episódio.

Segurança é prioridade para a Uber e a empresa está sempre buscando, por meio da tecnologia, fazer da sua plataforma a mais segura possível, de uma forma escalável. Hoje uma viagem pelo aplicativo já inclui ferramentas de segurança antes, durante e depois de cada viagem, tanto para os usuários quanto para os motoristas parceiros.”