Após 14 anos, Policial é condenado no caso do menino Joel

Após 14 anos de espera, o veredito do julgamento sobre a morte do menino, ocorrido em novembro de 2010, finalmente foi entregue à família de Joel. Naquele momento, Joel, que tinha apenas dez anos, foi morto por um tiro durante uma operação da Polícia Militar (PM-BA) no bairro de Nordeste de Amaralina, em Salvador.

Apenas dois dos nove agentes que participaram da operação foram levados a julgamento. Eraldo Menezes de Souza, de 46 anos, foi julgado culpado pelo disparo que matou a criança e foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. O comandante da operação, o tenente Alexinaldo de Santana Souza, foi absolvido da acusação de omissão de socorro.

No entanto, a decisão continua sendo objeto de recursos. Como resultado, Eraldo só começará a cumprir a pena após o fim de todas as opções de recurso. O julgamento começou na segunda-feira e continuou na terça-feira.

De acordo com uma denúncia do Ministério Público (MP-BA) de 14 de janeiro de 2011, os acusados devem ser julgados por homicídio triplamente qualificado por motivos torpes, fúteis e por impedir a defesa da vítima.

Durante o julgamento, Eraldo reconheceu ter disparado o tiro que matou Joel, mas disse que foi acidental, após um incidente em que ele teria "pisado em algo e escorregado". Ele disse que inicialmente não sabia que havia atingido a criança até o laudo pericial.

Por outro lado, Alexinaldo disse que não estava próximo ao local do incidente e negou qualquer omissão de socorro. Ele disse que os familiares já estavam ajudando Joel quando chegou. De acordo com Vivaldo Amaral, o advogado de defesa do tenente, seu cliente se solidarizou com a família indo ao hospital onde a criança foi levada para oferecer todo o suporte possível.