Aliados orientam Jair Bolsonaro a assistir seu julgamento de casa
Julgamento no STF começa nesta terça-feira (2)

Foto: Ton Molina/STF
Familiares, amigos e advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vêm o orientando para que o político não compareça às sessões de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que começa nesta terça-feira (2). Bolsonaro é julgado pela Justiça por tentativa de golpe de Estado após ter perdido as eleições presidenciais de 2022 para o atual presidente Lula (PT).
Seus médicos também são contra a ida ao julgamento, já que a saúde debilitada é a principal preocupação. Mesmo assim, a palavra final de sua ida ou não é do próprio Bolsonaro, que pode ir à Corte como uma "demonstração de força" a seus adversários políticos.
Nos últimos dias, segundo revelaram aliados, sua saúde piorou, apresentando novas crises de soluços e vômitos em decorrência de uma esofagite. Aliados do ex-presidente, como o secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho (RN), líder da oposição na Casa, dizem que sequer vão se inscrever para representar Bolsonaro na sessão que pode traçar o seu futuro.
“Vou acompanhar o julgamento do Senado, sabendo que o relator já prejulgou a ação. Bolsonaro tem o meu apoio e a minha solidariedade. Acredito que a única opção de mudarmos o jogo é no parlamento com a anistia”, afirma.
A ação penal e o julgamento envolvendo o "núcleo 1" da trama golpista incluem, além de Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Eles respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, deterioração de patrimônio público e dano qualificado a patrimônio da União — Ramagem teve a acusação referente aos dois últimos crimes suspensas.