Período junino exige cuidados para quem tem problemas respiratórios e pets
Fumaça e barulho são prejudiciais à saúde de pessoas e animais

Foto ilustrativa |Foto: Freepik / Divulgação
Com o São João se aproximando, já é possível ver as tradicionais fogueiras nas ruas e a tão esperada queima de fogos. Mas, para quem tem problemas respiratórios, a festa junina pode se tornar um problema grave. É importante ressaltar que a fumaça das fogueiras e das queimas de fogos contém partículas tóxicas que podem afetar o sistema respiratório, causando problemas como irritação nos olhos e garganta, tosse, alergia, asma e bronquite.
No mês de junho, há um aumento no número de atendimentos devido à fumaça ocasionada pelas fogueiras, por fogos e pela mudança de temperatura da época. Para se prevenir, evite áreas com muita fumaça. O ideal é ficar longe de fogueiras e o uso da máscara é essencial para a proteção das vias respiratórias, além de manter crianças longe de fogos e fogueiras, por serem mais vulneráveis à fumaça.
Já em relação aos pets, seus donos devem tomar o máximo de cuidado, já que os barulhos podem ser prejudiciais aos animais, devido à sua audição sensível, a qual é mais aguda que a dos humanos.
O barulho intenso e repentino dos estouros pode ocasionar medo, ansiedade e até mesmo dor física, gerando reações como fugas, convulsões e, em casos mais graves, problemas cardíacos ou até mesmo, a morte do animal.
Em 2022, um cachorro precisou passar por uma cirurgia para amputar a pata, após quebrar um dos dedos ao se machucar, por ter se assustado com o barulho dos fogos de artifício durante um jogo da Copa do Mundo, em Bauru–SP.
Segundo a médica veterinária Aiala Corrêa, os fogos de artifício não são apenas prejudiciais para animais como cães e gatos, mas para outras espécies que possuem sensibilidade auditiva maior, podendo gerar diversos distúrbios.
“Os fogos de artifício, não apenas para os animais domésticos, especialmente cães e gatos, mas também para muitas outras espécies, que possuem sensibilidade auditiva maior, podem gerar distúrbios físicos, psicológicos e comportamentais: medo, estresse, automutilação, lesões na tentativa de se esconder, fuga, taquicardia, convulsões, disfunção cognitiva e alterações digestivas”, explicou a especialista.
Além disso, Aiala também fala sobre o excesso de barulhos e luzes nesta época, que podem levar o animal a ter um estresse agudo e consequências como alterações hormonais, imunológicas e metabólicas.
“O excesso de barulho e luzes pode levar a um estresse agudo e consequências como alterações hormonais, imunológicas e metabólicas que podem gerar traumas irreversíveis ou até mesmo a morte desses animais.”
A profissional ainda aborda, falando sobre como o médico veterinário e o tutor devem agir, compreendendo o contexto e as condições ambientais no qual o animal está inserido, a fim de fomentar condutas assertivas para que os animais se sintam seguros.
“Ao médico veterinário junto com o tutor cabe a avaliação de cada animal doméstico (cão ou gato), compreendendo o contexto e condições ambientais no qual o animal está inserido, a fim de fomentar condutas assertivas e recomendações que aliviem e diminuam sofrimento desses animais para que os mesmos se sintam seguros.”