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Convocação: Jean Lucas na seleção e a importância para um clube potência

Convocação do meio campista é a primeira do clube baiano em 34 anos

| Autor: Lucca Anthony
Jean Lucas na Granja Comary na seleção

Jean Lucas na Granja Comary na seleção |Foto: @rafaelribeirorio / CBF

Em um ano já de muitas histórias, o Bahia viveu a primeira daquelas que ficará marcada em toda sua história. Com a evolução do clube baiano após a aquisição de sua SAF pelo Grupo City, o Bahia já mostra a todo o cenário nacional que o futuro é bastante promissor e que o sucesso será mais do que comum para o clube como para seus torcedores. Recentemente, dando uma "pitadinha" de gosto a seus adversários, com a histórica convocação de seu meia Jean Lucas, após 34 anos da última convocação de um atleta no clube. 

Após uma temporada difícil e cheia de polêmicas no Santos, que culminou em seu rebaixamento, o meio-campista Jean Lucas, de 26 anos (na época), acertou com o Bahia para se juntar a um projeto promissor, que prometia bons frutos no futuro. Hoje, mais de um ano após sua apresentação, pode-se dizer que esses frutos já estão sendo colhidos, resultado de um grande trabalho tanto do jogador quanto do próprio Tricolor. O camisa 6 se tornou referência de qualidade técnica e vitalidade, se mostrando ser um dos responsáveis pela grande temporada do elenco do Bahia em 2025. Além de desenvolver seu próprio potencial e elevar seu "passe" com a convocação, Jean Lucas prova que o Bahia é, sim, berço e sinônimo de grandeza de um futuro mais próximo do que nunca. 

HISTÓRIA

No Brasil, é de conhecimento geral que o "centro do futebol" nacional se passa nas regiões Sul e Sudeste - apelidado de: o Eixo -, deixando de lado as outras regiões. Logo, é bastante comum ver jogadores atuando nos grandes clubes "centrais" do país, indo jogar pela seleção. Já no Nordeste, os tais "clubes mais fracos", são berço de grandes jogadores que também fizeram história no futebol brasileiro, mas perderam esses jogadores ainda jovens, por não terem a mesma visibilidade que os times do eixo contêm. Mesmo assim, os clubes nordestinos também carregam suas grandes histórias no futebol nacional.
 
Falando especificamente sobre o Bahia, o Esquadrão de Aço já teve vários elencos e jogadores que fizeram história, porém há um tempo, como os dos títulos brasileiros de 1959 e 1988. Apesar disso, viveu difíceis anos após as grandes conquistas. Lutando contra rebaixamentos, acidentes, falência e precisando da "revolução tricolor" para voltar aos eixos, hoje o nome "Bahia" é símbolo de saúde financeira e desenvolvimento futebolístico. Agora, Jean Lucas se tornou o primeiro jogador a ser convocado para a Seleção Brasileira, 34 anos depois da última vez, no ano de 1991, quando o também meia Luis Henrique foi convocado para integrar o elenco da Data Fifa de Outubro. O camisa 6 entrou na rica lista dessa honraria do clube, que conta com o próprio Luis Henrique e Charles, Zé Carlos e o clamado Bobô, campeões nacionais de 1988. 

O ESTOURO DA BOLHA

"Estouramos a bolha", essas foram as mágicas palavras ditas por Caio Alexandre, ao comemorar a convocação do seu colega. E é exatamente o que essa convocação representa, o estouro da bolha de um clube que mostra os largos passos para voltar a ser protagonista do futebol nacional, como foi no passado, contando com bons planejamentos e um grande projeto em ascensão. Essa conquista traz aspectos importantes para o clube, como maior exposição de sua marca, aumentando seu reconhecimento mundial e consequentemente trazendo maiores lucros televisionais e também de propaganda. Hoje em dia, o Bahia recebe de direito de transmissão das emissoras, através da LIBRA (conjunto de times), cerca de R$ 151 milhões, número esse que pode aumentar ainda mais, logo no próximo contrato. Já em relação aos patrocínios, recentemente para a temporada de 2025, o Bahia deixou de ter como marca de material esportivo a "Esquadrão" (marca própria do clube), para fechar com a gigante alemã Puma - se tornando o único no país, além do Palmeiras e RBB -, que segundo informações não oficiais, faz com que o time baiano arrecade cerca de R$ 55 milhões por temporada, por somente usar o seu símbolo.
 
Além disso, se tem o importante fator do poder das contratações. Com a prova que um jogador pode, sim, chegar a Seleção Brasileira, o Bahia abre portas para grandes nomes do futebol, deixarem de pensar somente em clubes do Eixo e considerar as propostas do time nordestino, tornando real a fala do camisa 10 Everton Ribeiro, ao fechar com o Bahia em 2024 - "Pensar grande, é pensar fora do Eixo" -, se referindo ao tamanho do clube e seu poder iminente. Casos bem recentes aconteceram nessa última janela, quando dois jovens contratados, promessas do futebol brasileiro, decidiram fechar com a agremiação. O atacante ex-base do Corinthians, Kauã Furquim, de 16 anos, que preferiu deixar o Parque São Jorge, mesmo sendo considerado a maior promessa do Timão e o zagueiro, Luis Gustavo, de 19 anos, do Vasco da Gama, jovens esses que saíram de times grandes, para acreditar no futuro de sua carreira no Bahia.

PROJETO BEM ENCAMINHADO 

Por fim, Jean Lucas e a sua convocação provam que o planejamento inicial divulgado aos torcedores, na nova etapa da história da associação desportiva, está saudável e melhor do que nunca, prometendo aos amantes da instituição grandes conquistas em um futuro bastante próspero.

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