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Conheça os códigos e sinais que podem salvar a vida de mulheres vítimas de violência

Vários casos de violência contra a mulher chocaram o Brasil nas últimas semanas

| Autor: Gustavo Nascimento Figueredo
Conheça os códigos e sinais que podem salvar a vida de mulheres vítimas de violência

Foto: Divulgação

No dia 29 de novembro, um homem chegou embriagado, agrediu a esposa e incendiou a própria casa, matando a mulher e os quatro filhos na comunidade Icauã, na Zona Oeste do Recife. No mesmo dia, em São Paulo, uma mulher foi atropelada pelo ex-namorado e arrastada por cerca de um quilômetro depois de ficar presa na parte de baixo do carro, tendo as duas pernas amputadas e ficando em estado gravíssimo. Dois crimes que chocaram o Brasil e se relacionam a partir de um grande problema: a violência contra a mulher.

Segundo os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram registrados 818.254 casos de violência doméstica entre janeiro e setembro de 2025. Como comparação, todo o ano de 2024 registrou 1.012.857 casos, sendo até então o recorde desde que esses números passaram a ser coletados.

Por isso, é necessário saber quais são as alternativas que estão à disposição da sociedade para que casos como esses sejam prevenidos. Atualmente, existem diversas maneiras para denunciar casos de violência contra a mulher, seja diretamente à Polícia ou a partir de alguns códigos específicos, que são discretos para o agressor, mas que podem ser entendidos por outras pessoas, como sinais com a mão, pedidos de pizza ou atendimentos em farmácias.

Sinal Universal de Socorro

Criado em 2020 pela Canadian Women’s Foundation (Fundação das Mulheres Canadenses em tradução livre), o Sinal Universal de Socorro ganhou repercussão no Brasil em abril de 2025, quando foi exibido em uma cena de Volta por Cima, novela da TV Globo. O sinal pode ser feito com somente uma das mãos e consiste basicamente em mostrar a palma da mão aberta, dobrar o polegar para dentro e fechar os outros dedos sobre ele, como se estivesse presa, e pode ser repetido para chamar atenção.


Foto: Divulgação

Sinal Vermelho

Se o Sinal Universal de Socorro é uma campanha internacional que chegou ao Brasil, a campanha do Sinal Vermelho nasceu no Brasil para combater a violência contra a mulher. Criada pelo Conselho Nacional de Justiça junto à Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em 2021, também durante a pandemia de Covid-19, a campanha do Sinal Vermelho veio com a ideia de que mulheres conseguissem pedir ajuda em farmácias, órgãos públicos e agências bancárias com um “X” vermelho desenhado na palma da mão, seja com batom, esmalte, caneta ou outros materiais. 


Foto: Divulgação

Contato direto por telefone

A alternativa mais direta para efetivar uma denúncia de violência contra a mulher é discar 180, número que faz contato com a Central de Atendimento à Mulher. O serviço está disponível 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Além disso, também é possível discar 190, que faz contato com a Polícia Militar, o que é mais recomendado para intervenções imediatas, ou seja, quando a vida ou integridade física da mulher está em risco no momento.

Para quem preferir, esse tipo de denúncia também pode ser feita à Polícia ou à Central de Atendimento à Mulher de forma discreta, a partir de pedidos codificados de pizza ou medicamentos. 

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