NotíciasEsportePaiva diz que briga do Bahia na Série A é pela permanência: "Ano para mantermos"

Paiva diz que briga do Bahia na Série A é pela permanência: "Ano para mantermos"

Técnico do Esquadrão concedeu entrevista e detalhou muitos assuntos sobre o clube

| Autor: Redação

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O técnico Renato Paiva, do Bahia, concedeu entrevista ao GloboEsporte BA e falou sobre muitos assuntos relacionados ao momento atual do time. Paiva deixou claro que, apesar de acreditar no crescimento gradativo do Tricolor, a briga desta temporada será para se manter na Série A do Campeonato Brasileiro.

"Não tenho dúvidas de que o Bahia vai crescer muito, mas também não tenho dúvidas de que é um ano para mantermos. Para lutar pela manutenção. Não consigo ser irrealista a esse ponto", disse.

"O problema disso é quando existem pessoas que geram expectativas irreais. E, quando elas não se confirmam, porque são irreais ou são difíceis de atingir, alguém tem que pagar essa fatura. E paga o treinador, paga o diretor esportivo, pagam os jogadores. Nunca paga quem gera essa expectativa. E as pessoas geram expectativa", completou.

Questionado sobre o atacante Kayky e o lateral-esquerdo Chávez, o treinador do Esquadrão falou um pouco sobre algumas dificuldades enfrentadas por esses jogadores, que não conseguiram se firmar como titulares absolutos da sua equipe, apesar da boa expectativa neles.

"Bastamos outras vez com as expectativas. Kayky, de fato, é um jogador de tremenda habilidade, mas saiu do Fluminense muito jovem. Chegou ao City e não conseguiu se firmar, foi para Portugal e também não conseguiu se firmar. É um processo sem que, em algum tempo, Kayke tenha jogado com regularidade. Isso é algo crítico para um jogador de futebol, para um jovem. E o jovem sai do Brasil com as expectativas muito altas. Bastamos outra vez com as expectativas. Nós olhamos para a parte técnica e tática, mas temos que olhar também para o 'mar de dúvidas' que passa na cabeça do Kayky, por exemplo, que chegou como uma estrela, mas não consegue ter o rendimento ideal", iniciou Paiva.

"Estamos recuperando jogadores. Às vezes, pode ser mais demorada ou rápida, mas precisamos que eles se entreguem mais. O Chávez é a mesma coisa, ele é um bebê. Nunca saiu do Equador, a não ser para jogar pelo Independiente del Valle. Tinha o contexto extraordinário de uma equipe feita, que jogava de olhos fechados e de atletas que ajudavam os mais novos. A equipe lá acolhe jogadores jovens com muita frequência. Ele estava na sua zona de conforto, em uma equipe muito bem formada. O sistema que eu alterei no Independiente, do 4-3-3, para o esquema de três zagueiros, que ainda hoje jogo assim, mudei também as funções do Chávez para fazer esse corredor, exercendo a função de ala. Chávez mudou de vida completamente. Veio para uma realidade diferente. Estava no clube que não tem uma torcida de peso, e quando a torcida decide vaiar e insultar esses jogadores durante o jogo, eu não posso aceitar isso. Temos que olhar para cada caso. Essa ideia de tratar jogadores da mesma forma é um engano", lamentou o técnico.

Renato Paiva explicou que o Tricolor não fará muitas contratações na próxima janela de transferências. Segundo ele, serão apenas reforços "pontuais" para fechar o elenco.

"[Reforços] Pontuais. Já contratamos 20. E, nessas 20 contratações, no Bahia, no Benfica, no Flamengo, no Bayern de Munique, vai sempre haver contratações que falham e contratações que acertas", explicou.

Paiva ainda lamentou sobre insultos que sua filha tem recebido nas redes sociais. Ele pede para os torcedores concentrarem as críticas nele, mas afirma também que foi abordado na rua de maneira positiva.

"Na rua, felizmente as pessoas felizmente têm sido maravilhosas. Não tive nenhum problema ainda com alguém que fosse agressivo. As pessoas podem fazer críticas, desde que saibam fazer, e eu aceito, gosto muito de ouvir a opinião das pessoas. O resto, redes sociais eu não tenho. Tem a parte feia de irem até a rede social da minha filha me insultar. É muito feio. É muito feio fazer isso. Minha filha me encaminhou umas mensagens muito feias. Volto a dizer, se concentrem em mim", pediu.

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