Após passagem pelo Remo, Guto Ferreira revela sofrer preconceito no mercado
"Rei dos acessos" revela que já teve portas fechadas por conta da sua condição física

Foto: Samara Miranda / Ascom Remo
Após uma arrancada histórica e acesso com o Clube do Remo para a primeira divisão, Guto Ferreira, treinador conhecido como "Rei dos acessos" terminou a temporada de 2025 sem clube. Em entrevista ao GE, Guto afirma enfrentar uma resistência do mercado por conta da sua condição física.
"Eu acho que, primeiro, não tenho nada a ver com o Guardiola. Já me perguntaram e eu disse: o que deve ser parecido é o branco do olho. Mas sempre falei: só ficaria chateado se usassem o apelido de forma pejorativa. E, graças a Deus, isso nunca aconteceu. Sempre foi carinhoso, até valorizando. O apelido me humanizou. Até 2013 ou 2014, se você me visse na beira do campo, acharia que eu era um monstro. As caretas, a agitação. Passava a imagem de um cara bronco, rude. Depois que as pessoas me conheciam, viam que eu não era nada disso. Era o momento, a vivência da partida, a tensão. O “Gordiola” humanizou isso. Então, não tenho nada a reclamar; ao contrário, só agradecer." afirmou Guto sobre seu apelido "Gordiola"
Apesar de encarar bem o assunto, o treinador reconhece que a obesidade fechou portas no mercado, revelou que um clube do exterior descartou a sua contratação, justificando que a sua imagem não era o ideal.
Guto Ferreira é responsável por cinco acessos para a primeira divisão do futebol brasileiro por cinco clubes diferentes, também conta com quatro títulos estaduais e mais dois regionais. O seu trabalho mais recente foi ainda neste ano, quando recolocou o Clube do Remo na série A após mais de 30 anos.
"Não é nem valores, mas é a busca por respaldo. E o futebol vai ensinando que, quando você reinicia um projeto - e é reinício para a Série A, muita coisa muda e, no início do ano, você está sujeito a mudanças bastante importantes. E esse processo demanda tempo. Pode ser que acerte como a gente acertou de cara, mas isso necessariamente não é a verdade. Vai demandar todo um trabalho, um processo, para se chegar de novo a um patamar de sustentação que o torcedor almeja, que a gente almeja enquanto trabalha."
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