NotíciasEntretenimento"Ser mulher, preta, lésbica, é uma luta diária": A Dama abre o jogo no VN Verão

"Ser mulher, preta, lésbica, é uma luta diária": A Dama abre o jogo no VN Verão

Cantora bateu um papo com nossa reportagem, direto da redação

| Autor: Pietro Baddini

Foto: Domingos Júnior/Varela Net

Racismo, fofoca, bastidores da música e política... Um dos principais nomes do pagodão baiano, a cantora A Dama não hesitou em falar sobre diversos temas fortes durante entrevista para o projeto Varelanet Verão, que nesta terça-feira (31) recebeu a artista, direto da redação.  A cantora, que exalta o empoderamento e a liberdade feminina em suas músicas, como no sucesso "Machista não Tem Vez", não poupou críticas às pessoas que ainda discriminam a mulher no pagode, e também 'soltou o verbo' no combate ao preconceito que ainda sofre.

"Tem dias que estou 100%; tem dias que tem dias que tô estressada mesmo. As pessoas precisam humanizar o artista. As pessoas querem colocar o artista no pedestal. Em relação ao meu cabelo, eu sofro muito com isso. Uma vez passei uma situação, eu tava de moto elétrica no meu condomínio, aí uma pessoa falou que com esse cabelo eu não precisava de capacete. Se fosse uma mulher branca, de cabelo liso, não falariam isso", desabafou a artista.

"Eu não me importo com as críticas, porque esse tipo de pergunta já acontece comigo diariamente. Tem uma hora que você cansa de explicar. Várias perguntas sobre meu cabelo e falei mesmo", contou a cantora sobre a situação, que respondeu uma pergunta preconceituosa sobre o cabelo nas redes sociais.

A Dama também relembrou o caso de racismo que sofreu em uma loja de um grande shopping de Salvador. Ao estar na fila, no momento em que pagaria pelo produto, foi abordada por uma cliente, achando que a artista era funcionária da loja, somente pelo fato de ser negra: "Ser mulher, preta, lésbica, é uma luta diária", afirmou a cantora.
 

Confira a live na íntegra

Tags

Notícias Relacionadas