NotíciasEntretenimentoEmpresa ligada a shows de Gusttavo Lima não recebeu R$ 320 milhões do BNDES

Empresa ligada a shows de Gusttavo Lima não recebeu R$ 320 milhões do BNDES

One7 se manifestou através de nota alegando que não gerencia a carreira de artistas

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Instagram

Uma das donas de um fundo que comprou shows do cantor Gusttavo Lima, a empresa de investimentos One7 não recebeu R$ 320 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), boato que circulou em alguns portais e redes sociais nos últimos dias. O valor na verdade é referente ao aporte feito pelo BNDES a um fundo do qual a One7 é cotista e não é relacionada com as apresentações do sertanejo.

A empresa possui uma parte do fundo Four Even, que antecipa o pagamento de shows para artistas e vira o dono da venda das apresentações, de acordo com informações do UOL. O objetivo é conseguir um lucro em relação aos valores adiantados. Gusttavo Lima é um dos sete artistas que os shows estão nas mãos do fundo. Ainda segundo o UOL, A One7 disse que entrou no Four Even em agosto de 2021.

Os shows do sertanejo são um negócio distinto do que a One7 tem com o BNDES. A companhia tem parte de um fundo (FIC FIDC XP Brasil MPME) voltado para oferecer crédito a pequenas e médias empresas que, conforme informações divulgadas pelo próprio banco em dezembro, terá um aporte de R$ 320 milhões. A One7 colocou R$ 20 milhões neste fundo, que também tem R$ 60 milhões da XP Asset.

Na web, uma série de postagens que viralizaram nos últimos dias trataram o assunto de forma distorcida.

"Então o fundo que administra a carreira do Gusttavo Lima pegou R$ 320 MILHÕES no BNDES?", diz um deles, compartilhado mais de 4 mil vezes e curtido no Twitter. "Parabéns Gustavo Lima por deixar bem claro que bolsonarista raiz como vc é ladrão e mau caráter, vc critica a lei rouanet de incentivo à cultura mas pegou um empréstimo fraudulento no BNDES de R$ 320 milhões de reais", afirma outro.

Políticos como o deputado federal paulista Ivan Valente, a deputada estadual gaúcha Luciana Genro e o vereador niteroiense Professor Tulio, todos do PSOL, também compartilharam posts com as alegações incorretas.

A One7 declarou que é uma plataforma de serviços financeiros e não administra carreira de artistas. "A One7 esclarece, ainda, que as operações do fundo Four Even FIDC não têm qualquer relação com o aporte feito pelo BNDES em 2021, destinado ao fundo FIC FIDC XP Brasil MPME, do qual a One7 também é cotista", disse a empresa em nota.

Também através de nota, o BNDES disse que é cotista do fundo de crédito do qual a One7 faz parte e que "a XP é a gestora do fundo e foi responsável por selecionar as fintechs associadas: tanto a One7 quanto a Acqio. O BNDES não possui nenhuma outra relação ou vínculo com qualquer outro fundo capitaneado quer seja pela XP, One 7 ou Acqio."

Confira abaixo a nota na íntegra:

O BNDES também informou que "o FIC FIDC XP possui como política de investimento o objetivo de facilitar o acesso a crédito para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Portanto, não é cabível a sua associação a qualquer concessão de crédito para pagamentos de prestação de serviços artísticos."

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