Edi Rock, do Racionais MC's, é acusado de estupro por conselheira sexual
O rapper nega todas as acusações

Foto: Reprodução
A conselheira sexual e doula Juliana Thaisa utilizou suas redes sociais na terça-feira (21) para acusar de abuso sexual o rapper Edivaldo Pereira Alves, conhecido como Edi Rock, do grupo Racionais MC’s. Segundo ela, o ato teria ocorrido há cerca de um ano.
Juliana postou um longo desabafo e prints de conversas com sua irmã, onde pedia ajuda e dizia ter acionado a polícia porque o cantor estava na porta de seu apartamento e se recusava a ir embora.
“Tem um pouco mais de 1 ano que fui violentada, e na época eu não expus pra preservar a minha filha, fiquei com MEDO. E há pouco tempo decidi expor tudo, tanto as violências do núcleo familiar, como a violência do cantor de rap. Eu tô cansada de conversar com jornalista, de buscar ajuda na mídia, de verbalizar inúmeras vezes todo ocorrido e reviver as minhas dores, inclusive em dias seguidos e às vezes mais de uma vez por dia. Pra no final ouvir ‘a direção não autorizou a denúncia pq o inquérito foi arquivado'”, diz a doula.
“A maioria dos abusos acontecem clandestinamente. Eu só tenho duas mãos, uma eu usei pra tentar segurar aquele nojento, e a outra pra segurar minha calça que ele tentava abaixar. Queria o quê? Que eu tivesse filmado? Eu não pude nem gritar pra não acordar minha filha e traumatizá-la”, continuou.
Ela ainda compartilhou vídeos em que o cantor aparece no elevador de seu prédio, e uma foto com uma notificação de ocorrência contra Edi Rock. Conforme ela, um inquérito sobre o caso foi arquivado sem que ela tivesse sido ouvida.
“Existem várias filmagens da câmera de segurança do prédio, e só eu sei a humilhação que eu passei pra conseguir essas imagens. Laudo psicológico, até porque no dia seguinte eu solicitei uma sessão de emergência, BO, print pedindo socorro, print das ligações dele mesmo após o ocorrido porque ele ainda ficou atrás de mim. Inquérito arquivado e eu não fui ouvida. Ele negou, e a palavra dele foi validada. O sistema é patriarcal, machista, misógino e opressor”, disse Juliana.
Na tarde da terça-feira (22), o artista desmentiu todas as acusações em seu perfil oficial no Twitter. Ele disse que “foi comprovado pela justiça que é mentira”.
“Os fatos expostos tornaram a narrativa apresentada ilegítima e caluniosa. Meus advogados cientes, tomaram as medidas cabíveis”, escreveu Edi Rock.