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Baianos tem dificuldade para buscar emprego mesmo com aumento de vagas no país

A Bahia lidera a região nordeste no número de empregos formais gerados em março deste ano

| Autor: João Victor

Foto: Divulgação

O Brasil registrou 244,3 mil novos empregos formais em março de 2024. O número representa um aumento de 25,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram criados 194,37 mil empregos com carteira assinada no país. Os números divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego não refletem a luta diária do brasileiro na busca por emprego.
 
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desemprego no país subiu para 7,9% no primeiro trimestre do ano. O número aponta um aumento de apenas 0,5% em relação ao trimestre anterior finalizado em dezembro de 2023.
 
Na prática, o que se encontra no mercado de trabalho é a dificuldade para conseguir um emprego formal. Para Telma Souza, de 37 anos e formada em Administração, a busca por um emprego de carteira assinada já dura mais de dois anos. “É um período complicado, o mercado de trabalho tem se mostrado difícil e muito disputado. A busca por emprego não para, a gente envia currículo, faz entrevista e parece que nunca vai pra frente. As vezes aparece uma oportunidade ou outra, mas não querem assinar a carteira, então é muito difícil de trabalhar nessas condições.”
 
Para Cleiton Lima, os números divulgados não refletem a realidade do trabalhador. “Hoje em dia e muito difícil de achar um patrão que assine a carteira, emprego até acha, mas não querem registrar, e como a gente precisa se sustentar acaba aceitando, mas o ideal seria com a carteira assinada só que infelizmente não tá aparecendo.”
 
Segundo os dados divulgados pelo governo federal, no mês de março foram registradas 2,26 milhões de contratações e 2,02 milhões de demissões. Para a advogada trabalhista Manuela Santos, o número de demissões registradas ainda é preocupante. “Nós acompanhamos diariamente na justiça do trabalho processos em andamento para resolver a demissão de trabalhadores e ainda é um número muito alto. O crescimento no número de empregos representa um bom sinal para o trabalhador, mas ainda precisamos chegar em um nível mais estável para que se consiga estabilidade também no emprego e que não aconteça tantas demissões.”
 
A Bahia registrou um saldo positivo de 12.482 novos postos de emprego formal no mês de março deste ano. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) registram 86.774 admissões e 74.292 demissões no período. No nordeste, a Bahia fechou o mês de março com o maior saldo de pessoas com carteira assinada

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