UFBA admite contaminação de bebedouros na Escola Politécnica
Universidade, por meio de um comunicado, se disse ciente do caso e afirmou que oito dos nove equipamentos estão seguros

Bebedouros da Escola Politécnica da UFBA foram alvo de investigações |Foto: Divulgação
Em comunicado enviado na terça-feira (29), a direção da unidade informou que ao menos um bebedouro da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA) esteve contaminado com coliformes. A análise de amostra de água do bebedouro do Departamento de Engenharia Ambiental (DEA), no 4º andar, identificou a contaminação. O equipamento segue interditado. Segundo a direção da Escola Politécnica, o uso do bebedouro é restrito a servidores e pesquisadores deste departamento e não indicaria contaminação generalizada na universidade.
Outros oito pontos testados, inclusive os dois reservatórios, não apresentaram indícios de coliformes. São eles: reservatório de entrada de água da Embasa (inferior), entrada de água da Embasa, reservatório superior, torneira da copa da secretaria administrativa (5º andar), bebedouro da copa da secretaria administrativa (5º andar) e bebedouros do 3º andar, 5º e 7º andar. As amostras foram coletadas no dia 16 de abril e testadas pela empresa Mérieux Nutrisciences.
"Foi feita uma análise também no bebedouro do Departamento de Engenharia Ambiental (DEA), pois, apesar de ser de uso não geral, pois basicamente restrito a servidores e pesquisadores deste departamento, havia suspeita da presença de coliformes na saída deste ponto, o que foi confirmado pela análise acreditada", diz o comunicado.
A direção explica que a água fornecida ao bebedouro está livre de contaminação. Então, a suspeita é que as bactérias estivessem no bebedouro em si. "Em que pese tal equipamento referido no item anterior estar sob a gestão e responsabilidade do DEA, a Direção da Escola enviará todos os seus esforços no sentido de colaborar com tal departamento a fim de resolver o problema identificado", completa. A UFBA foi procurada para comentar o caso, através da sua assessoria de imprensa, mas não se manifestou até esta publicação.
Descoberta
Tudo começou quando alunos de uma disciplina da UFBA decidiram analisar a água consumida na unidade em uma atividade prática. Assim que soube da contaminação, a professora Gemima Santos Arcanjo solicitou a interdição dos bebedouros, o que só foi feito dois meses depois, pela direção.
A descoberta foi feita durante a disciplina Qualidade da Água. No semestre passado, a água dos bebedouros da Politécnica foi testada no Laboratório de Físico-Químico (Análise de Água), o Labdea, por escolha dos estudantes. Os resultados de diferentes amostras indicaram contaminação por Coliformes totais e Escherichia coli no 4º e 7º andar da faculdade.
Na terça-feira (29), os bebedouros da Escola Politécnica foram liberados para uso da comunidade acadêmica. O único que permanece interditado é o do Departamento de Engenharia Ambiental, onde a contaminação foi identificada. Os reservatórios de água e equipamentos foram higienizados após a denúncia de contaminação.