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Tartarugas são encontradas decapitadas na Península de Maraú, na Bahia

ONG denunciou a morte de 16 tartarugas no Sul da Bahia

| Autor: Vinicius Viana *

Foto: Divulgação

16 tartarugas-marinhas jovens, 14 verdes e 2 olivas, que estão ameaçadas de extinção, foram encontradas mortas na Praia de Saquaíra, na Península de Maraú, na quarta-feira (19), em menos de um quilômetro de litoral, em Ilhéus, na Bahia. 

De acordo com a ONG Iniciativa de Ciência Cidadã Coração de Tartaruga, que faz o monitoramento diário das áreas de desova das tartarugas, os animais marinhos foram encontrados bastante mutilados e provavelmente foram vítimas das redes de pescadores de camarões ancorados nas redondezas. 

O veterinário Rodrigo Grilo, que trabalha na ONG que luta pela preservação e proteção das tartarugas-marinhas na Península de Maraú, revelou que existe  suspeita que as mortes foram causadas pela ação humana. 

“Não há confirmação se de fato foram vítimas da pesca, pois não há registro do ato. No entanto, nossa experiência mostra que toda vez que há pesca de rede de espera em cima dos recifes de corais e arrasto de camarão, no dia seguinte encontraremos 1 ou 2 tartarugas mortas em um trecho grande de praia”, iniciou. 

Em seguida, Rodrigo Grilo contou que a OGN recebeu denúncias que barcos utilizados para pesca estavam próximos ao local onde as tartarugas foram encontradas mortas e sem a cabeça. 

“Justamente ontem, data do aparecimento desses 16 animais, recebemos denúncias de pescadores locais sobre a presença de dois barcos de pesca por 2 dias consecutivos, justamente em frente à área onde encontramos as carcaças das tartarugas-marinhas. Outro fato que corrobora essa hipótese é que muitas delas foram encontradas sem cabeça, prática esta, conhecida pelos pescadores para facilitar a soltura das redes quando ficam presas (o primeiro ponto do animal a ficar preso é a cabeça)”, completou. 

De acordo com a OGN, o Instituto Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos (INEMA), foi acionado e auxiliou no trabalho de remoção, contagem e identificação dos animais. O instituto Inema confirmou a informação e informou que a competência para falar sobre o assunto é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Entramos em contato com a Superintendência do Ibama na Bahia (supes/ba), porém até o fechamento desta matéria o órgão não se manifestou sobre o caso e não respondeu às perguntas  enviadas. 

Confira o vídeo

 

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