SSP-BA corrige número de mortos em motim na Lemos de Brito, que retorna a cinco
O então Secretário de Administração Penitenciária, Nestor Duarte, havia dito na segunda-feira (21) que seis presos teriam sido mortos
Foto: Romildo de Jesus
Apesar do então Secretário de Administração Penitenciária, Nestor Duarte, ter anunciado a morte de seis internos na rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário de Mata Escura, neste domingo (20), a Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) não confirma este número. Segundo a SSP, não houve uma atualização no número de vítimas do motim, que ainda deixou 38 outros detentos feridos. O acréscimo no dado foi anunciado por Nestor na segunda-feira (21), e já nesta terça-feira (22), ele foi exonerado do cargo.
De acordo com o portal Metro1, a assessoria da Seap informou que "não houve confusão por parte do então Secretário Nestor Duarte Neto, o que houve foi uma informação equivocada que foi passada ao mesmo sem o devido cuidado e atenção. Atualizando os fatos da rebelião do último dia 20/02, contabilizamos infelizmente 5 (cinco) óbitos e 17 (dezessete) feridos".
A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) reconhece o mesmo número total de cinco mortes. O órgão também acompanha o desenrolar do caso.
Segundo informações do coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital, Ivan Paiva, haviam "alguns casos bem graves", que poderiam "evoluir à morte". Ele contou que nove detentos foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE), dois para o Hospital do Subúrbio, sete para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Barris, e outros cinco com ferimentos menores permanceram na penitenciária. Os remanescentes não entraram no balanço divulgado pela SSP-BA.
Pelo menos 12 presos foram atingidos por disparos de arma de fogo. "Mais dois, por arma branca, além daqueles que despencaram de certa altura", informou Paiva.
A rebelião foi iniciada por volta das 15h45, segundo informações do boletim de ocorrências da SSP-BA. Notificadas horas depois, as equipes do Samu precisaram realizar alguns procedimentos, como drenagem torácica, já nas ambulâncias. Os ferimentos não foram detalhados por Paiva, mas alguns necessitam de cirurgia. O atendimento do Samu foi encerrado seis horas depois, por volta das 1h.
