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Primeira PM trans da Bahia quer ser inspiração para pessoas LGBTQIA+

Durante processo de transição, Soldado Kim Villanelle, 39 anos, diz ter sido acolhida por colegas de farda

| Autor: Redação

Foto: Divulgação SSP/Arquivo Pessoal

Mesmo sem imaginar que faria história ao se tornar a primeira mulher trans da Polícia Militar da Bahia, a soldado Kim Villanelle Lima, 39 anos, não esconde um grande desejo: inspirar outras pessoas da comunidade LGBTQIA+ a seguirem os seus sonhos.

Natural do bairro da Queimadinha, no município de Feira de Santana, e lotada na 64ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Feira de Santana), Kim espera que seu exemplo  possa ser responsável para que as pessoas desenvolvam a sua resistência.

“Eu resisti e resisto todos os dias. Espero que a minha história possa, de alguma forma, ajudar. É fundamental que elas leiam, se informem, porque o conhecimento em nossa vida é extremamente importante”, disse. 

Acolhida por colegas de farda

A soldado ingressou na PM em 2014, após prestar o concurso no ano de 2012, na época no gênero masculino, sexo designado ao nascer. Ela, no entanto, passou pelo processo de transição ao longo dos anos, já inserida na corporação. Hoje, conta, admirada, que o maior acolhimento que recebeu foi dos colegas de farda. 

“Diante de tanta coisa que passei na minha vida, do bullying e agressões físicas que sofri, eu passei a não ter mais medo de gente e me surpreendi com a recepção acolhedora dos colegas de turma e comandantes. Considero a instituição como sendo a minha segunda casa”, diz.

Representação importante na corporação, Kim é estudante de direito na Universidade Federal de Feira de Santana (Uefs). Segundo a soldado, para seguir os sonhos, basta encarar de frente os medos. 

“Não tenham medo. Se você ver que isso é o sonho de sua vida e ele é possível para fazer de você uma pessoa melhor, mesmo com medo, nunca desista”, afirma.

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